
Não se sabe ao certo quantos túmulos e quantas pessoas foram enterradas no local, que, desde sua criação, ocupa uma área de 9,9 mil m² (ou menos de 1 hectare). Hoje, existem 12 mil lápides no famoso cemitério. Como seu tamanho sempre foi inferior à demanda da comunidade judaica de Praga, e o judaísmo não permitir a exumação de corpos (com raríssimas exceções), os enterros foram feitos uns sobre os outros.
Segundo o site oficial do Museu Judeu de Praga, do qual faz parte o antigo cemitério, existem mais de 10 "andares" de covas no local, localizado no bairro de Josefov, na cidade velha, abrangendo o território do gueto judaico na cidade checa. Muitas lápides são ricamente ornadas, trazendo símbolos diversos como animais, flores, a Arca da Aliança e a Cruz de Davi.

Entre os judeus mais célebres enterrados no cemitério "turístico" de Praga está o rabino Loew Ben Bezalel, conhecido como Maharal, falecido em 1609, o filantropo e prefeito do gueto judaico Mordecai Marcus Meisel, enterrado em 1601, e o astrônomo e historiador David Gans, morto em 1613.
Uma teoria da conspiração também está associada a este importante atrativo da capital checa. Assim como foi usado por Umberto Eco em seu livro, o Antigo Cemitério Judeu de Praga teria sido palco de encontros secretos dos supostos anciãos do Monte Sião (que é localizado próximo a Jerusalém). Os líderes judeus, de acordo com a lenda, estariam combinando uma conquista do mundo pela comunidade hebraica. Esta teoria absurda, na verdade, surgiu após a publicação do livro Biarritz, do escritor alemão Hermann Goedsche, em 1868. O conteúdo antissemita da obra de Gordsche serviu de base para os textos russos conhecidos como Os Protocolos dos Sábios de Sião, e que foram publicados em vários idiomas. Quem também se apropriou da suposta conspiração judaica para disseminar o antissemitismo na Europa foi o líder nazista Adolf Hitler.
Deixando de lado as ideias conspiratórias, confira, abaixo, um vídeo que mostra alguns detalhes do Antigo Museu Judeu de Praga: