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Estado de Minas SAÚDE

Lenda urbana vira realidade: mulher é atacada com seringa em São Paulo

O caso reacendeu a dúvida sobre o que se deve fazer em acidentes ou ataques envolvendo seringa


postado em 01/07/2016 08:23

Conhece a história que fala sobre ataques com seringa contaminada nas grandes cidades? Pois é, esse relato, então considerado lenda urbana, acabou de ocorrer em São Paulo(foto: Pixabay)
Conhece a história que fala sobre ataques com seringa contaminada nas grandes cidades? Pois é, esse relato, então considerado lenda urbana, acabou de ocorrer em São Paulo (foto: Pixabay)
Há bastante tempo circulam na internet relatos avisando as pessoas para tomarem cuidado ao andar nas ruas, pois poderiam ser vítimas de ataques com seringas infectadas. Os textos davam conta, inclusive, que injeções com o vírus HIV estariam sendo deixadas em cadeiras de salas de cinema com a intenção de passar a doença para os frequentadores.

Infelizmente, o que, antes, era considerada uma lenda urbana, acabou virando realidade. No dia 22 de junho deste ano, um caso envolvendo esse tipo de ataque ganhou repercussão após ser divulgado no Facebook. O texto foi publicado pela médica Sol Ayala, em seu próprio perfil da rede social. Ela relata ter ajudado uma mulher que havia sido atacada com uma seringa em plena avenida Paulista, um dos locais mais movimentados da cidade de São Paulo.

Segundo a médica, a vítima, que não teve o nome divulgado, estava passando em frente a um shopping quando foi surpreendida por um homem que injetou uma agulha em suas costas. De acordo com o site BuzzFeed Brasil, que divulgou o caso, o hospital paulista Emílio Ribas confirmou o atendimento à pessoa que foi atacada com a seringa e, em nota enviada à página de curiosidades, informou que ela foi medicada com o coquetel anti-HIV e deve passar por novos exames durante alguns meses.

O que fazer?

Seja em caso de possíveis ataques, seja em acidentes, como, por exemplo, pisar em uma seringa, a recomendação é procurar um hospital imediatamente, de acordo com a infectologista Tânia Marçal, da Sociedade Mineira de Infectologia. A especialista diz que, se for possível, é importante observar se havia vestígio de sangue na seringa ou na agulha, pois isso pode ajudar no atendimento médico adequado.

A especialista alerta que, além do HIV, a pessoa que tem contato com uma seringa infectada pode contrair as hepatites B e C. Portanto, quanto mais rápido for o atendimento, maiores as chances de conseguir tratar as doenças. "Ao ser atendido em um hospital, o paciente que foi perfurado pela seringa passa por exames, além de receber medicação adequada para o tratamento dessas doenças", explica Tânia Marçal.

Felizmente, incidentes com seringas são raros, de acordo com a infectologista. "A maioria desses casos ocorre dentro dos hospitais, com profissionais, como médicos e enfermeiros, que lidam diariamente com esses objetos. Incidentes nas ruas ou em casa ocorrem raramente", explica a especialista.

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