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Estado de Minas ESPORTE

Atletas americanas da Rio 2016 teria sido favorecidas no antidoping

Documentos vazados por um grupo de hackers da Rússia revelam atitudes incoerentes da Agência Mundial Antidoping


postado em 16/09/2016 14:12

A ginasta americana Simone Biles, medalhista na Rio 2016, teria sido flagrada pela Agência Mundial Antidoping usando substâncias proibidas, mas não recebeu punição(foto: Sportv.globo.com/Reprodução)
A ginasta americana Simone Biles, medalhista na Rio 2016, teria sido flagrada pela Agência Mundial Antidoping usando substâncias proibidas, mas não recebeu punição (foto: Sportv.globo.com/Reprodução)
As atletas americanas Simone Biles, da ginástica artística, e Serena Williams, do tênis, teriam utilizado substâncias proibidas nas Olimpíadas do Rio, mas, mesmo assim, não foram suspensas, nem banidas. Isso é que mostram supostos documentos da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), revelados, na terça-feira, dia 14 de setembro, por um gupo de hackers russos conhecido como Fancy Bears.

Os criminosos virtuais teriam atacado os computadores da entidade internacional e divulgado os documentos que, se forem verdadeiros, comprovariam que, diferentemente dos atletas russos que foram impedidos de disputar a Rio 2016, esportistas norte-americanos com resultado positivo em exames antidoping receberam "carta branca" da Wada.

O ataque hacker está causando um verdadeiro alvoroço no mundo do esporte, porque a Rússia foi banida das Olimpíadas devido a um escândalo de doping envolvendo diversos atletas e até o próprio governo de Vladimir Putin – a tenista Maria Sharapova está incluída no esquema fraudulento. Logo, se houve a utilização de substâncias proibidas também por atletas dos Estados Unidos, como revelam os supostos documentos da Wada que foram vazados, por que só os russos foram impedidos de disputar a competição?

Explicação

De acordo com o jornal italiano Gazetta dello Sport, um dos primeiros a publicar o ataque hacker à Wada, tanto Simone Biles quanto Serena Williams alegaram que utilizaram as substâncias proibidas em tratamentos médicos, por isso não foram punidas pela agência antidoping.

Em um comunicado oficial divulgado também na terça, a Wada condenou o ataque virtual feito pelo Fancy Bears e se defendeu dizendo que as atletas foram liberadas porque foi comprovado o uso terapêutico das substâncias.

Entre as atletas, apenas Simone Biles se pronunciou após o vazamento dos dados, por meio de sua conta oficial no Facebook. "Eu tenho déficit de atenção [TDA] e tenho tomado remédios desde criança. Por favor, saibam que eu acredito no esporte limpo, sempre segui as regras e continuarei a fazer isso", diz a ginasta medalhista olímpica.

Substâncias

A tenista Serena Williams, que ganhou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos na competição de duplas, teria utilizado oxicodona e hidromorfona, substâncias usadas no tratamento de dor. Ainda segundo os documentos vazados, outros medicamentos proibidos pela Wada, como prednisona e prednisolona, que aumentam o desempenho físico, e metilprednisolona, um tipo de anti-inflamatório, também teriam sido ingeridos pela atleta. Já Simone Biles, como mostram os hackers, teria utilizado anfetaminas, que servem para aumentar a energia.

A irmã de Serena, Venus Williams, que ganhou a medalha de prata ao seu lado, nas Olimpíadas do Rio, também teria sido pega em exames antidoping e liberada pela Wada. Segundo os documentos vazados pelo Fancy Bears, ela utilizou triancinolona e prednisolona, substâncias anti-inflamatórias.

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