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Estado de Minas CIÊNCIA

Cientista russo pode ter descoberto o 'elixir' da longevidade

O biofísico Alexey Karnaukhov quer usar a medula óssea para prolongar a vida


postado em 13/09/2016 12:48

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Tudo bem que a história da fonte da juventude não passa de ficção, mas, de acordo com um experimento realizado por um cientista russo, no futuro, a humanidade poderá ganhar 25 anos a mais de vida.

O biofísico Alexey Karnaukhov, pesquisador do Instituto de Biofísica Celular RAS, na Rússia, em entrevista ao jornal Izvestia, revelou que o estudo feito em ratos de laboratório conseguiu prolongar a vida das cobaias em 34%. "Em humanos, isso corresponde a aproximadamente 25 anos a mais de vida", revela o cientista. Ele lembra que, como a fisiologia dos camundongos é bem parecida com a nossa, o resultado do experimento representa uma grande esperança para se chegar à maior longevidade da espécie humana.

Nos testes com os ratos foram usadas células-tronco retiradas da medula óssea. De acordo com o pesquisador, elas atuariam como recompositoras do material genético que se corrompe com a idade. Apesar de existirem diversas teorias acerca da forma como se dá o envelhecimento, Karnaukhov diz que se baseia na ideia de que quanto mais tempo de vida temos, mais erros são acumulados em nosso DNA, o que leva à velhice e, consequentemente, à morte. "Focamos o trabalho não nos erros acumulados no material genético, e sim, na causa dessa acumulação. Descobrimos que as células-tronco retiradas da medula óssea permanecem jovens e sem erros quando são congeladas. Portanto, no futuro, quando precisarmos, poderemos recorrer ao banco de células congeladas e transplantá-las para que nossos tecidos e órgãos sejam rejuvenescidos", explica o biofísico russo.

O problema é que as células a serem usadas precisam ser compatíveis com o organismo receptor – precisa ser um material jovem, com menos erros de DNA. E quando se trata de medula óssea, existe uma enorme dificuldade em se achar pessoas compatíveis. "Testamos o transplante das células em ratos com grau de parentesco primário e, mesmo assim, apesar de serem geneticamente muito parecidos, tivemos casos de rejeição", diz Alexey Karnaukhov.

O russo faz parte dessa revolucionária pesquisa desde 2009, e já adianta ao jornal Izvestia que pretende ser uma cobaia do experimento. Como o teste em humanos na Rússia demanda questões éticas e legais, é preciso que os voluntários tenham no mínimo 55 anos. Alexey lembra que está quase chegando a essa idade e, portanto, já está se preparando para o fatídico momento.

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