Quem nunca deixou uma criança ganhar partidas no videogame, disputas de jogos de tabuleiro, ou mesmo vencer num esporte qualquer, como futebol? Pois é, parece que é uma "obrigação" do adulto permitir que os menores sejam os grandes vitoriosos. Mas, segundo a psicóloga Lidia Rosenberg Aratangy, em texto publicado no blog Toda Criança Pode Aprender, essa atitude de simulação de incompetência não é saudável para a criança.
"Fazem isso em prol de alimentar uma auto-imagem positiva na criança, mas essa conduta não é educativa, e desrespeita a criança. Passa a perigosa informação de que só os vencedores têm auto-imagem positiva, quando o ideal seria ensinar a criança a perder sem se sentir humilhada. Depois, o pai perde a chance de ensinar a criança a melhorar seu desempenho no jogo, pois se ela venceu, por que daria ouvidos às orientações de quem perdeu? Além disso, quando a criança jogar com um colega sofrerá a dupla frustração de perder e de sentir-se desrespeitada e enganada por alguém em quem confia", esclarece a especialista.
A psicóloga lembra que qualquer tipo de competição demanda igualdade de condições, o que, obviamente, não seria possível quando um adulto e uma criança se enfrentam. Porém, mesmo neste caso, Lidia Aratangy explica que não se deve ceder a vitória aos filhos ou menores de idade. "Em vez de tapear a criança, desrespeitando a própria autoridade, o justo seria adaptar as regras, de modo a tornar os adversários mais simétricos", completa a especialista, que também é terapeuta de casais e famílias e professora aposentada da Faculdade de Psicologia da PUC de São Paulo.
Publicidade
COMPORTAMENTO
É saudável os pais deixarem as crianças ganharem propositalmente?
Psicóloga chama a atenção para essa atitude considerada errada
Compartilhe no Facebook
Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor.
As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação