Publicidade

Estado de Minas POLÍTICA

Ex-corregedor da Câmara pede suspensão do deputado Jean Wyllys por quebra de decoro

Carlos Manato testemunhou no processo do Conselho de Ética que trata da cuspida de Wyllys no colega Jair Bolsonaro


postado em 17/11/2016 14:21

(foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Divulgação e Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Divulgação)
(foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Divulgação e Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Divulgação)
O ex-corregedor da Câmara dos Deputados, Carlos Manato (SD-ES), testemunhou no processo contra o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) no Conselho de Ética, nesta quinta, dia 17 de novembro, e disse que o parlamentar carioca feriu o decoro ao cuspir no colega Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Manato defendeu a suspensão do mandato de Wyllys por até seis meses.

Arrolado como testemunha pelo relator do processo, deputado Ricardo Izar (PP-SP), Carlos Manato explicou que, na época em que recebeu a representação contra Jean Wyllys, a corregedoria estudou "a fundo" e chegou a um período para a sanção que preferiu não declarar ao colegiado. "O critério de até seis meses vai ficar para o conselho. Se dependesse de nós, daríamos suspensão por um tempo, mas não seria o mínimo. Achamos que tem que ter um afastamento temporário. Chegamos a um número, mas não vou falar qual seria este número para não induzir", explica o parlamentar.

Segundo Manato, a corregedoria considerou uma "falta gravíssima" a reação de Wyllys, mas considerou que a perda de mandato seria "muito grave" e uma advertência escrita, "muito simples".

Tom ponderado

Presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), também adotou um tom ponderado. "No meu tempo, fosse qual fosse a gravidade do fato, pediam perda do mandato. Isso me incomodava. Tudo tem que ter uma gradação", afirma o deputado.

O episódio entre Wyllys e Bolsonaro ocorreu em 17 de abril deste ano, no plenário da Câmara, durante a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Naquele dia, Bolsonaro dedicou seu voto pelo afastamento em memória ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, militar que comandou o Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo entre 1970 a 1974. Ustra foi o primeiro militar a ser reconhecido, pela justiça, como torturador durante a ditadura. A homenagem foi considerada ofensiva por Jean Wyllys, que reagiu com o cuspe e disse ter sido alvo de outras agressões por parte de Bolsonaro.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade