![Especialista diz que ter pensamentos constantes sobre a morte é algo comum, e que, raramente, se transforma em uma patologia(foto: Pixabay) Especialista diz que ter pensamentos constantes sobre a morte é algo comum, e que, raramente, se transforma em uma patologia(foto: Pixabay)](https://i.revistaencontro.com.br/cYh0zLIIjQUZj2PzNPwfHjk8kz0=/332x/smart/imgsapp.revistaencontro.com.br/app/noticia_152466458717/2016/12/12/158165/20161212180444221238i.jpg)
De acordo com a psicóloga Pelin Kesebir, pesquisadora do Centro para Mentes Saudáveis da Universidade Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, muitas pessoas compartilham essa tendência "mórbida" de Ford. "Ficar preocupado com a morte é muito comum e natural", diz Kesebir em entrevista ao site americano Live Science. Ela conta que a preocupação constante com o fim da vida pode levar a problemas psicológicos, mas que isto só ocorrem em casos raros.
"Pensamentos sobre a morte podem ser o estopim para a ansiedade e o medo em algumas pessoas. Porém, para outras, isso pode ser uma fonte de esclarecimento e sabedoria", esclarece a psicóloga.
Curiosamente, um dos ramos da psicologia, o existencialismo, que estuda como a busca pelo significado de nossa existência afeta o comportamento humano, acredita que a base para a maioria dos problemas psicológicos mais comuns pode ser encontrada na ansiedade das pessoas em relação à morte. "Na verdade, as pessoas, normalmente, não têm medo da morte em si, mas de não terem vivido uma vida de forma adequada", afirma Pelin Kesebir.
A especialista lembra que ter pensamentos frequentes sobre a morte é natural da forma como se dá o processo mental no ser humano. "Enquanto nossa mente nos deixa amedrontados sobre a mortalidade inevitável, essa preocupação entra em choque com nosso desejo biológico pela vida", completa a cientista americana.
Como lidar?
Para as pessoas que ficam preocupadas com os constantes pensamentos sobre a morte, Kesebir sugere que façam um teste e imaginem como seria viver para sempre e as implicações que isso teria. Ela lembra que, apesar dessa experiência ajudar para que alguns vejam a morte como algo bom e necessário, outros podem ter dificuldade de se sentir desta forma, emocionalmente falando.
"A melhor forma de aceitar a morte é levar uma vida boa, com valores que estejam em harmonia com os da própria pessoa", diz a pesquisadora da Universidade Wisconsin-Madison.
Outra forma de minimizar a ansiedade gerada por esse pensamento "mórbido" é entender como se dá o "evento final". Pelin Kesebir conta que muitos pacientes que vivenciaram a chamada Experiência de Quase Morte, adquiriram maior apreço e satisfação pela vida, ampliaram o sentido das relações interpessoais, aumentaram a crença em si mesmos e mudaram as prioridades.
(com Live Science)