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Estado de Minas CIÊNCIA

Americanos e indianos estão tentando ressuscitar pacientes com morte cerebral

Por meio de lasers e células-tronco, a ideia é regenerar os tecidos nervosos que, atualmente, são irrecuperáveis


postado em 15/02/2017 08:11

Cientistas americanos e indianos estão realizando um experimento polêmico que visa trazer à vida pacientes que foram diagnosticados com morte cerebral(foto: Pixabay)
Cientistas americanos e indianos estão realizando um experimento polêmico que visa trazer à vida pacientes que foram diagnosticados com morte cerebral (foto: Pixabay)
A Medicina está em constante evolução, com técnicas cirúrgicas cada vez mais avançadas, tecnologias inovadoras e esperança para doenças até então irreversíveis. Duas empresas de biotecnologia estão tentando dar um passo a mais: ressuscitar pessoas que estão clinicamente mortas.

Em meados de 2016, a empresa americana Bioquark e a indiana Revita Life Sciences receberam o aval do Institutional Review Board (IRB) – comitê responsável pela aprovação de testes em humanos nos Estados Unidos – para iniciar os exames clínicos de 20 pacientes com morte cerebral, para tentar reverter o quadro. Os experimentos estão sendo conduzidos no hospital Anupam, em Rudrapur, na Índia, com previsão de conclusão para abril deste ano.

De acordo com Ira Pastor, diretor executivo da Bioquark, este é o primeiro experimento científico dessa natureza e os resultados podem representar uma esperança para a reversão da morte nos seres humanos. "Nós estamos muito empolgados com a aprovação do nosso protocolo", disse o diretor em comunicado à imprensa divulgado na época.

Na documentação disponível no site do IRB, o estudo é descrito como uma prova de conceito que vai usar técnicas como lasers e células-tronco para tentar ressuscitar e regenerar o organismo de humanos que foram diagnosticados com morte cerebral.

O estudo valeria, por exemplo, para salvar a vida da ex-primeira dama e mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa Letícia, que teve morte cerebral confirmada no dia 2 de fevereiro deste ano, em razão de complicações causadas por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico.

Diferente dos humanos, alguns anfíbios e peixes possuem capacidades regenerativas no sistema nervoso central. Eles conseguem reparar, regenerar e remodelar porções substanciais do cérebro e do tronco, mesmo após traumas críticos. A ideia das duas empresas é trazer essa capacidade para os seres humanos.

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