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Estado de Minas SAÚDE

Outono chega com mudança no clima e risco para quem tem problemas respiratórios

Nesta época, problemas de saúde como asma e Doença Obstrutiva Pulmonar Crônica se agravam


postado em 20/03/2017 08:14

Muito além das folhas secas, o Outono traz consigo mudanças climáticas que atrapalham a vida de quem sofre com problemas respiratórios(foto: Pixabay)
Muito além das folhas secas, o Outono traz consigo mudanças climáticas que atrapalham a vida de quem sofre com problemas respiratórios (foto: Pixabay)
Até o dia 21 de junho, os dias de Outono no Brasil serão marcados pela diminuição gradual do calor, tempo mais seco e maior incidência de ventos.De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2017, teremos mudanças rápidas nas condições do tempo e temperaturas oscilando entre 18° e 28° C.

A chegada da estação, que sucede o Verão brasileiro e antecede o Inverno, traz consigo muito além das folhas no chão e da paisagem alaranjada. As variações de temperatura e a transição do clima impactam diretamente no nosso organismo. O sistema respiratório é um dos que mais sofrem com essas alterações.

De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, o índice de doenças respiratórias aumenta em 40% nesta época do ano, o que leva ainda a um aumento no atendimento nos centros de saúde. "Quem já tem alguma doença respiratória crônica, como asma e principalmente Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica [DPOC], apresenta uma tendência muito maior a ter crises nesta época do ano", afirma o pneumologista José Jardim, professor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp.

No Brasil, estima-se que cerca de cerca de 7 milhões de pessoas tenham DPOC, porém, somente 12% são diagnosticados e, destes, apenas 18% recebem o tratamento adequado, segundo a Associação Brasileira de Portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.

A DPOC tem como sintomas iniciais a presença de tosse e catarro, como uma bronquite crônica, o que pode levar as pessoas a subestimarem os sinais. Progressivamente, ela se desenvolve na forma de enfisema, que é a destruição das paredes dos alvéolos. "A pessoa começa a sentir falta de ar, que acaba prejudicando as tarefas do dia a dia. Essa é uma doença sem cura e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2020, a DPOC será a 3ª maior causa de morte no mundo", alerta o pneumologista.

Além das características naturais desta época do ano que impactam na saúde respiratória, o Outono também implica num maior acúmulo de poluentes na atmosfera, devido à diminuição das chuvas, o que prejudica ainda mais a vida de quem convive com a doença. Para evitar as crises e melhorar a qualidade de vida, é necessário, além do diagnóstico correto e precoce, que o paciente inicie e mantenha o tratamento individual com diferentes especialistas, como pneumologista, fisioterapeuta e nutricionista.

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