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Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

Fiocruz associa surto da febre amarela à estiagem

Segundo uma representante da fundação, problemas com a chuva teriam afetado regiões de mata


postado em 07/04/2017 13:41

De acordo com a Fiocruz, é preciso prestar atenção às áreas de risco para doenças silvestres, para evitar que novos surtos aconteçam, como o da febre amarela(foto: Pixabay)
De acordo com a Fiocruz, é preciso prestar atenção às áreas de risco para doenças silvestres, para evitar que novos surtos aconteçam, como o da febre amarela (foto: Pixabay)
A causa mais provável do surto de febre amarela silvestre que vem ocorrendo no Brasil este ano, pelas informações disponíveis até agora, está ligada aos períodos de secas ou de anomalia de chuvas em áreas próximas às matas. A informação foi dada por Márcia Chame, especialista da Fiocruz, que falou aos deputados da Comissão de Seguridade Social da Câmara na quinta-feira, dia 6 de abril. Os dados ainda são preliminares, mas serviriam para explicar, por exemplo, o surto ocorrido em 2009 no Rio Grande do Sul e o atual, na região central do país, principalmente em Minas Gerais.

A pesquisadora ressalta a importância de capacitar os agentes comunitários de saúde, que atuam no interior do Brasil, para detectar sinais da presença desse tipo de doença. "É muito importante que o país entenda a necessidade de aperfeiçoar as informações, principalmente as que estão no campo. E isso só vai ser feito se as pessoas que estiverem no campo forem capacitadas e puderem fazer a vigilância no período de silêncio. Para a gente entender esse processo, senão, só agimos na época dos surtos", comenta Márcia Chame.

Outro exemplo de cuidado com a prevenção foi dado por Cássio Peterka, representante do Ministério da Saúde. Ele lembra que foram registradas apenas 31 mortes por malária em 2016. Este seria o momento ideal, segundo ele, para investir na eliminação da forma mais grave da doença. Isso é importante porque o vírus já estaria mostrando sinais de resistência à medicação atual na Ásia.

O deputado Mário Heringer (PDT-MG), que pediu a realização da audiência, afirma que existe a possibilidade de doentes de febre amarela terem pegado a doença mais de uma vez. "Na cidade de Manhuaçu, temos hoje internados no hospital César Leite quatro pacientes que apresentaram recidiva de febre amarela. Temos que saber por que isso está acontecendo", comenta o parlamentar.

O surto de febre amarela registrou 1.987 casos notificados, mas apenas 586 foram confirmados. No Brasil, cinco estados, até agora, foram afetados pela doença.

(com Câmara Notícias)

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