"Para os países-membros do fórum, cumprir com a meta de 1,5º C é simplesmente uma questão de sobrevivência", declara Debasu Bayleyegn Eyasu, que comanda a coordenação de Mudança Climática do Ministério de Meio Ambiente da Etiópia, país que preside atualmente o fórum.
Eyasu acrescenta que já está ocorrendo "significativo impacto climático" com o atual nível de aquecimento. Ele falou em entrevista transmitida pela internet e realizada em Bonn, cidade que receberá a próxima Conferência do Clima, marcada para novembro.
Um aquecimento adicional "não fará mais do que aumentar os riscos de impactos graves, generalizados e irreversíveis", completa Debasu Eyasu.
O etíope destaca que apesar dos graves riscos que enfrentam, os países-membros do Fórum de Vulnerabilidade Climática, que representam mais de 1 bilhão de pessoas nos cinco continentes, veem numa "ambiciosa ação climática a oportunidade para prosperar".
"Temos enorme déficit em ação climática", alerta Emmanuel M. de Guzman, da comissão de Mudança Climática do escritório da presidência das Filipinas, país que precedeu a Etiópia à frente da coordenação do fórum.
Segundo Guzman, enquanto existe a possibilidade de frear a mudança climática é preciso aproveitá-la, pois "o fracasso não é uma opção". Para ele, são necessárias ações imediatas e drásticas. "O 1,5º C é nosso limite de oportunidade e esperança", acrescenta o filipino.
A falta de uma ambiciosa ação climática, como mostra o presidente do fórum, "prejudicará muito seriamente" o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que é a chamada universal da ONU para adoção de medidas para pôr fim à pobreza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas gozem de paz e prosperidade.
(com Agência EFE e Agência Brasil)