
Essa alternativa consiste em girar o bebê dentro do útero apenas com a ajuda das mãos do médico. É como se feto fosse impulsionado a dar uma "cambalhota" para ficar na posição cefálica. Segundo Clóvis Antônio Bacha, membro do Comitê de Gravidez de Alto Risco e Mortalidade Materna da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais, a taxa de sucesso da VCE é de aproximadamente 50%. Os riscos de complicações graves, de acordo com ele, são mínimos.
O obstetra conta que esse procedimento era muito utilizado até a década de 1960, porque a cesárea ainda não era um método muito seguro. Recentemente, a VCE acabou voltando à tona, segundo o médico, devido à procure intensa pelo parto normal. O especialista indica a técnica somente para aquelas mulheres que não abrem mão do parto normal.
"As pacientes que desejam o parto normal de qualquer jeito toleram mais esse tipo de manobra. Quando o médico tenta convencer, geralmente, a gestante pede para interromper o procedimento. Não chega a doer, mas o desconforto é grande", esclarece Clóvis Antônio. Conforme o especialista, a técnica só deve ser feita no final da gestação, entre a 36ª e a 38ª semana, porque se for realizada antes, o bebê pode voltar para a posição pélvica.
Confira, abaixo, a um vídeo (em inglês) que mostra um médico realizando a Versão Cefálica Externa: