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Estado de Minas BEM-ESTAR

Existe uma técnica que coloca o bebê na posição certa para o parto normal

A Versão Cefálica Externa não é tão conhecida, mas está virando 'moda' entre as gestantes que não querem a cesariana


postado em 12/06/2017 17:04

Com 50% de eficácia, a Versão Cefálica Externa é uma técnica antiga na qual o médico faz com que o bebê mude de posição dentro da barriga da mãe, favorecendo o parto normal(foto: YouTube/Liam Muckleston/Reprodução)
Com 50% de eficácia, a Versão Cefálica Externa é uma técnica antiga na qual o médico faz com que o bebê mude de posição dentro da barriga da mãe, favorecendo o parto normal (foto: YouTube/Liam Muckleston/Reprodução)
A posição do feto na barriga da mãe é um fator determinante para definir o tipo de parto. Para as mulheres que sempre sonharam com o nascimento de forma natural, a posição cefálica (aquela em que o bebê fica de cabeça para baixo) é fundamental. Se o feto não estiver assim nas últimas semanas de gestação, as chances de acontecer um parto vaginal são quase nulas. Cabe ao médico, então, recorrer a outros métodos, como a cesariana ou a uma técnica antiga de mudar a posição do bebê, que vem ganhando destaque novamente, e que é denominada Versão Cefálica Externa (VCE).

Essa alternativa consiste em girar o bebê dentro do útero apenas com a ajuda das mãos do médico. É como se feto fosse impulsionado a dar uma "cambalhota" para ficar na posição cefálica. Segundo Clóvis Antônio Bacha, membro do Comitê de Gravidez de Alto Risco e Mortalidade Materna da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais, a taxa de sucesso da VCE é de aproximadamente 50%. Os riscos de complicações graves, de acordo com ele, são mínimos.

O obstetra conta que esse procedimento era muito utilizado até a década de 1960, porque a cesárea ainda não era um método muito seguro. Recentemente, a VCE acabou voltando à tona, segundo o médico, devido à procure intensa pelo parto normal. O especialista indica a técnica somente para aquelas mulheres que não abrem mão do parto normal.

"As pacientes que desejam o parto normal de qualquer jeito toleram mais esse tipo de manobra. Quando o médico tenta convencer, geralmente, a gestante pede para interromper o procedimento. Não chega a doer, mas o desconforto é grande", esclarece Clóvis Antônio. Conforme o especialista, a técnica só deve ser feita no final da gestação, entre a 36ª e a 38ª semana, porque se for realizada antes, o bebê pode voltar para a posição pélvica.

Confira, abaixo, a um vídeo (em inglês) que mostra um médico realizando a Versão Cefálica Externa:

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