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Estado de Minas SAÚDE

Danos ao pulmão causados pelo cigarro podem ser irreversíveis

Especialista desmente a crença popular de que, após largar o tabagismo, ex-fumantes têm o pulmão totalmente recuperado


postado em 05/07/2017 08:52

Segundo o especialista americano, os danos causados pelo cigarro aos pulmões não são totalmente regenerados quando a pessoa para de fumar(foto: Pexels)
Segundo o especialista americano, os danos causados pelo cigarro aos pulmões não são totalmente regenerados quando a pessoa para de fumar (foto: Pexels)
Todos nós sabemos que o sistema respiratório é o principal alvo das diversas substâncias tóxicas contidas no cigarro. Entre os órgãos fundamentais da respiração que mais é afetado pelo hábito de fumar está o pulmão, que recebe, diretamente, a fumaça inalada e, com isso, vai se deteriorando.

Entretanto, você já deve ter ouvido falar que, quando uma pessoa abandona, definitivamente, o tabagismo, o pulmão começa a se desintoxicar, voltando ao estado sadio ao longo do tempo. Mas, a verdade não é bem esta.

Segundo o médico americano Norman Edelman, especialista em medicina pulmonar, alguns danos no pulmão causados pelo cigarro são totalmente irreversíveis. Em entrevista ao portal LiveScience, especializado em notícias científicas, ele esclarece que a probabilidade de uma pessoa sofrer algum problema pulmonar permanente está diretamente ligada ao tempo de tabagismo e à quantidade de cigarros que fumou ao longo da vida. Edelman é consultor da American Lung Association (Associação Pulmonar Americana, em tradução livre).

O especialista afirma que, à medida que os pulmões recebem a fumaça tóxica do cigarro, é gerada uma inflamação na membrana que reveste o órgão. Essa membrana possui filamentos microscópicos, chamados de cílios, que "varrem" as toxinas e outras partículas nocivas que chegam até o pulmão. Com a inflamação causada pelo vício, os filamentos perdem a eficácia, podendo levar a um quadro mais grave, incluindo bronquite crônica.

Nem tudo está perdido

No entanto, Norman Edelman ressalta que, em alguns casos, esses danos causados ao pulmão são revertidos automaticamente pelo organismo quando a pessoa deixa de fumar. Neste caso, novos cílios saudáveis podem surgir, eliminando as toxinas presentes no órgão.

Ainda de acordo com o especialista americano, os ex-fumantes, que têm tosse nas primeiras semanas após abandonarem o tabagismo, não precisam se desesperar, porque isso pode ser um sinal de que o pulmão está se regenerando e tentando expulsar o muco que foi gerado pela inflamação ao longo do tempo em que recebeu a fumaça do cigarro.

(com portal LiveScience)

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