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Estado de Minas HISTÓRIA

Lembrança das ditaduras no Brasil ganha espaço em museu virtual

A partir do dia 10 de julho os brasileiros poderão acessar o site do Memorial da Democracia


postado em 07/07/2017 10:55 / atualizado em 07/07/2017 11:12

(foto: Memorialdademocracia.com.br/Reprodução)
(foto: Memorialdademocracia.com.br/Reprodução)
Será lançada na próxima segunda, dia 10 de julho, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a segunda fase do Memorial da Democracia, um museu digital dedicado à luta pela democracia no Brasil. Foram acrescentados mais de 300 episódios da história brasileira e 24 capítulos especiais que retratam o país desde a revolução de 1930 até o golpe civil-militar de 1964. O memorial, que resulta de parceria entre o Instituto Lula e o Projeto República, núcleo de pesquisa, documentação e memória da UFMG, foi concebido por jornalistas, historiadores, educadores e artistas.

O Memorial da Democracia, que pode ser acessado por computadores, tablets e celulares, tem proposta multimídia: oferece textos, fotos, charges, desenhos, cartazes, panfletos e documentos, reproduções de notícias da imprensa, exemplares virtuais de jornais, áudios com trechos de canções e discursos, segmentos de filmes e vídeos, entre outros recursos. Segundo os organizadores, o conteúdo foi feito em linguagem mais leve e lúdica, com o objetivo de atingir os jovens.

Estão disponíveis quatro módulos: 1930-1945: Um projeto de país (mas sem democracia); 1945-1864: Democracia de massas; 1964-1985: 21 anos de resistência e luta; 1985-2002: Reconstruindo a democracia.

Em breve, o museu virtual deve trazer outras épocas e temas, como a República Velha, o Império e os movimentos republicanos, as lutas contra a escravidão, as revoltas e conjurações pela independência, a resistência dos índios por sua terra, liberdade e cultura e os primeiros tempos do Brasil-Colônia. O portal tem conteúdo apenas em português, mas a expectativa é que seja disponibilizado também em espanhol e inglês.

Conteúdo acadêmico

A equipe do Projeto República da UFMG participou do processo de seleção e pesquisa básica dos eventos históricos, além de pesquisa de imagens, que são apresentadas de forma a compor uma narrativa interessante para a consulta pela internet.

"Produzimos material com densidade acadêmica e o transformamos para aproveitamento de um público mais amplo, sempre com a preocupação de não comprometer essa densidade", explica o pesquisador Rafael da Cruz, que coordenou a participação do Projeto República no Memorial da Democracia.

(com Cedecom da UFMG)

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