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Estado de Minas TECNOLOGIA

Inteligência artificial deve fazer parte da vida das crianças, diz estudo

A geração Alpha deve ficar cercada por dispositivos inteligentes até a terceira idade


postado em 07/08/2017 17:01

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Formada por nascidos a partir de 2010, a geração Alpha está rodeada pela tecnologia e é permanentemente impactada por ela. Para essas crianças, a inteligência artificial (IA), aquela similar à humana, mas executada por sistemas computacionais, deverá fazer parte de todos os aspectos de suas vidas. É o que revela uma pesquisa do Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), sediado nos Estados Unidos, que abordou a opinião dos pais que pertencem à geração Y, ou geração do milênio, formados pelos nascidos entre 1985 e 2000 e cujos filhos são da geração Alpha. O estudo entrevistou 600 pais e mães, com idades entre 20 e 36 anos, que tinham pelo menos uma criança de sete anos, no Brasil, China, Japão, Reino Unido, Índia e Estados Unidos.

De cuidados infantis, passando pela assistência médica até a adoção de animais de estimação, os pais da geração do milênio veem todas as fases da vida de seus filhos envolvidas por tecnologia de inteligência artificial. O estudo também mostrou que a maioria dos pais de crianças da geração Alpha considera que um tutor de IA, como um robô, aumenta as expectativas de aprendizado mais rápido de seus filhos e poderá vir a auxiliá-los durante a terceira idade.

De acordo com a pesquisa, a inteligência artificial está dando vida a robôs que andam e falam, aproximando-os do comportamento humano, e 40% dos pais da geração Y dizem que provavelmente substituiriam uma babá humana por um robô-babá, ou ao menos usariam o robô para ajudar nos cuidados com as crianças.

Aprendizagem

Um tutor-robô ajudando nos estudos e na aprendizagem é uma possibilidade vista com positividade pelos pais que responderam à pesquisa. Para 80% dos entrevistados, a IA aumenta a expectativa quanto à melhoria e maior rapidez de aprendizado de seus filhos. Os outros 20% têm expectativas iguais ou menores, segundo a pesquisa. O estudo ainda apontou que 74% dos pais do milênio considerariam um tutor de inteligência artificial para seus filhos.

Segundo a IEEE, atualmente estão em desenvolvimento brinquedos "inteligentes" e aplicativos de inteligência artificial que, no futuro, serão capazes de responder à linguagem humana e a comportamentos infantis específicos. Estes aparelhos também terão a capacidade de monitorar em tempo real e aprimorar o aprendizado de vocabulário no futuro.

Entretenimento

Para manter a geração Alpha entretida, aplicativos, telas interativas e outros dispositivos estão sendo usados pelos pais do milênio. A pesquisa apontou que 64% dos pais dessas crianças alegam que inteligência artificial e outras tecnologias permitem a eles mais tempo para fazer outras atividades, mas concordam que as tecnologias diminuíram o tempo de qualidade com seus filhos.

Além disso, o surgimento de robôs de estimação que podem identificar, cumprimentar e divertir a família, além de obedecer a comandos, é um dos campos de desenvolvimento da IA. De acordo com o estudo do IEEE, 48% dos pais do milênio dizem que provavelmente trocariam um animal de estimação por um robô, caso fosse este o desejo de seus filhos.

Especialistas acreditam que a engenharia está conduzindo a um vasto campo de atividades com potencial de mudar o mundo: exploração espacial, uso de drones, informática, saúde, Medicina, Biologia, tecnologia de veículos e eletrônicos de consumo são somente alguns dos exemplos. Esse alcance de tecnologias que mudam o mundo faz com que os pais do milênio encorajarem as crianças da geração Alpha a seguir uma carreira na área.

A pesquisa mostrou que 74% dizem que encorajarão seus filhos a considerar uma carreira em engenharia (incluindo os 38% que encorajarão fortemente) tendo em vista as atividades que mudam o mundo neste campo. "Naturalmente vai existir um viés forte na área de tecnologia, até porque a tecnologia é um ponto muito forte de agregação entre as diversas áreas", comenta o professor Edson Prestes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membro sênior do IEEE.

(com Agência Brasil)

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