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Estado de Minas POLÍTICA

Michel Temer diz que Brasil poderia implantar o parlamentarismo

O presidente também avalia seu governo como 'reformista'


postado em 08/08/2017 15:32

"Este é um governo reformista, que busca colocar os trilhos no lugar para que quem chegar em 2018 possa apanhar a locomotiva e caminhar com naturalidade", diz Michel Temer (foto: Beto Barata/PR/Divulgação)
O presidente Michel Temer admitiu nesta terça, dia 8 de agosto, em entrevista em São Paulo, que existem estudos sobre o aumento da alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), mas afirma que não há nada decidido. "Há estudos, os mais variados estudos, estudos que se fazem rotineiramente. A todo o momento a Fazenda, o Planejamento, os setores da economia, fazem esses estudos. E este é um dos estudos que está sendo feito, mas nada decidido", comenta o peemedebista após participar da abertura do 27º Congresso Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Temer falou também sobre a possibilidade de adoção do parlamentarismo como sistema de governo em 2018. Ao dizer que tem muita simpatia pelo sistema, o presidente argumenta que o Brasil já fazendo "quase um pré-exercício de parlamentarismo". Segundo ele, o poder legislativo era visto como um apêndice do executivo e, em seu governo, os dois trabalham juntos.

"Não é improvável que este exemplo que estamos dando possa em breve tempo se converter em um sistema semipresidencialista ou semiparlamentarista. Há de ser um sistema parlamentarista do tipo português ou francês, em que também o presidente da república, sobre ser eleito diretamente, ainda tem uma presença muito ativa no espectro governativo. Se [o parlamentarismo] puder vir em 2018, seria ótimo, mas, se não vier, quem sabe prepara-se para 2022", diz Michel Temer.

Governo

Ainda no discurso feito na abertura do congresso, o presidente elogiou as reformas já feitas em sua administração e as que ainda estão em andamento. Ele comenta que faz um governo reformista, que busca colocar o país nos trilhos. "Este é um governo reformista, que busca colocar os trilhos no lugar para que quem chegar em 2018 possa apanhar a locomotiva e caminhar com naturalidade".

Temer lembra que, quando chegou ao governo, o país registrava inflação de quase 10% e que atualmente o índice está em 3%. "A taxa Selic, que estava em 14,25%, hoje está em 9,25% devendo chegar a 7,5% no final deste ano. Isso exigirá que a taxa de juros real também caia e isso vai significar possibilidade de crédito mais aberto", afirma.

O peemedebista destaca também que fazer a reforma da Previdência é prever o futuro e garantir a aposentadoria no futuro em um país como o Brasi,l no qual o déficit previdenciário foi de R$ 184 bilhões este ano e que deve chegar a R$ 205 bilhões no ano que vem, caso nada seja feito. "Se não fizermos nada. será dificílimo enfrentar os próximos anos. Pois só haverá recursos para pagar o funcionalismo público e a Previdência".

(com Agência Brasil)

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