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Estado de Minas BRASIL

STF dá cinco dias para governo explicar aumento de impostos dos combustíveis

Tribunal está analisando uma ação impetrada pelo PT, que pede inconstitucionalidade do aumento do PIS e do Cofins


postado em 03/08/2017 10:59

(foto: iStock)
(foto: iStock)
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de cinco dias para que a presidência da república se explique sobre o aumento de impostos sobre os combustíveis, anunciado pelo governo no dia 20 de julho deste ano.

A determinação foi feita dentro de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade aberta pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no STF, questionando a validade do decreto que aumentou as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a gasolina, o diesel e o etanol.

O partido, que faz oposição ao governo, argumenta que, conforme determina a Constituição, o aumento de tributos só poderia ocorrer por meio de projeto de lei votado no Congresso e que, mesmo no caso de aprovação, precisaria de 90 dias após a sanção para poder entrar em vigor.

O argumento é o mesmo usado em uma ação popular que levou o juiz Renato Borelli, da 20ª Vara Federal de Brasília, a conceder uma liminar suspendendo a alta no preço dos combustíveis, no dia 25 de julho. A decisão acabou derrubada no dia seguinte pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), Hilton Queiroz, após recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), que usou argumentos econômicos para justificar a medida, defendendo a legalidade do aumento por ser "imprescindível" para o equilíbrio das contas públicas. O órgão estimou em R$ 74 milhões o prejuízo diário com a interrupção da cobrança.

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, já havia negado, no dia 26 de julho, decisão liminar favorável à suspensão do aumento, deixando para Rosa Weber, relatora da ação protocolada pelo PT, a decisão após o retorno do recesso. Após o prazo de cinco dias para a presidência, ela deu mais três dias para que a Procuradoria-Geral da República e a AGU também se manifestem.

A previsão do governo é arrecadar mais R$ 10,4 bilhões com o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis, de modo a conseguir cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões para este ano.

(com Agência Brasil)

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