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Estado de Minas BEM-ESTAR

Afinal, a 'dieta do pó', ou Pronokal, funciona de verdade?

Especialista comenta a nova moda que promete emagrecimento rápido, e que conquistou celebridades como o cantor Luciano


postado em 01/09/2017 13:09

O cantor sertanejo Luciano, da dupla com Zezé di Camargo, é um dos adeptos da
O cantor sertanejo Luciano, da dupla com Zezé di Camargo, é um dos adeptos da "dieta do pó", ou Pronokal, que promete emagrecimento rápido com refeições fornecidas em sachês (foto: Facebook/PronoKalBrasil/Reprodução)
Com certeza você já deve ter ouvido falar em alguma das diversas dietas que existem por aí, e que, na maioria das vezes, se tornam populares após serem divulgadas por celebridades. A nova moda é a chamada "dieta do pó". Além do cantor sertanejo Luciano, da dupla com o irmão Zezé di Camargo, que diz ter eprdido 35 kg com o novo método, a empresária Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa, também é adepta da fórmula "mágica" para emagrecer.

Conhecida como Pronokal, a "dieta em pó" é baseada na restrição severa do consumo de carboidratos, com alta ingestão proteica e baixa quantidade de calorias. O produto é fornecido em forma de sachês, que devem ser misturados à água para se "transformarem" em refeições.

De acordo o nutrólogo Lucas Penchel, qualquer dieta com restrição energética promove perda de peso. Entretanto, estudos comprovam que dietas convencionais, que restringem 30% do valor energético, reduzindo gordura – principalmente saturada – entre 20 e 35%, proteína em 15% e carboidratos entre 50 e 55%, levam a uma perda de peso muito similar após o período de um ano. É o caso das famosas dietas lowcarb e cetogênica.

"A dieta do pó, que costuma ser prescrita por médicos e diz contar com equipe multidisciplinar, leva à monotonia, à distorção alimentar, à exclusão social e ao desequilíbrio nutricional, causando malefícios ao metabolismo energético, à resposta imunológica, à construção e reparação tecidual e à saúde de forma de geral", alerta o médico.

Segundo o nutrólogo, o ideal é adequar o consumo energético de macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas) ao de micronutrientes (vitaminas e minerais). "A alta restrição alimentar, se realizada a longo prazo, tem forte correlação com pensamentos obsessivos por comida, compulsão e transtornos alimentares, além de poder levar a carências nutricionais. Como tratamento para a obesidade, a dieta pode levar à perda de peso rápida, o que leva à motivação do paciente e a continuidade no tratamento. Na minha opinião, ela serve apenas como gatilho", afirma Lucas Penchel.

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