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Estado de Minas BEM-ESTAR

Aparecimento de espinhas em adultos pode indicar alteração hormonal

Segundo especialista, o excesso de hormônio masculino faz surgir acnes nas mulheres


postado em 05/09/2017 13:48

O aparecimento de espinhas em adultos pode ser um sinal de problemas na produção de hormônios, especialmente nas mulheres(foto: Pexels)
O aparecimento de espinhas em adultos pode ser um sinal de problemas na produção de hormônios, especialmente nas mulheres (foto: Pexels)
A pele costuma ser uma ferramenta para o corpo expor algum problema. O surgimento de espinhas, por exemplo, pode estar relacionado a alterações hormonais. Quando a acne, ou seja, a inflamação crônica do folículo piloso (onde nasce o pelo), surge em quem já saiu da puberdade, pode ser sinal de que a pessoa sofre com a Síndrome dos Ovários Policísticos, segundo a ginecologista Cláudia Navarro.

As queixas do aparecimento de acne são acompanhadas das de pele oleosa, queda de cabelo e excesso de pelos. "Em alguns casos, as alterações podem ser provocadas por disfunções hormonais caracterizadas pelo aumento de androgênios, os 'hormônios masculinos', ou a exacerbação da ação destes hormônios na pele, órgão alvo", esclarece a médica.

Ainda conforme a especialista, são muitas as causas do chamado hiperandrogenismo, sendo a mais comum a presença de ovários policísticos, que representa 75% dos casos. "Entre os sintomas estão menstruação irregular, o excesso de pelos ou distribuição com caráter masculino, queda de cabelo, aumento de oleosidade de pele e obesidade abdominal", afirma a ginecologista.

Tratamentos

Após o diagnóstico feito por meio de exames médicos e laboratoriais, o médico indica um tratamento personalizado para cada paciente. Como o ovário policístico é comumente associado à obesidade, a perda de peso – sob orientação profissional – é uma das primeiras recomendações médicas, já que pode ajudar na regularização dos ciclos menstruais e, consequentemente, na melhora da pele.

Mas, há ainda a opção do uso de hormônios, dependendo do caso. "Esta é uma situação típica do uso de pílulas anticoncepcionais com indicações não contraceptivas", diz Cláudia Navarro, lembrando que é possível encontrar o medicamento mais adequado para melhorar a pele da mulher. "O importante é que a paciente seja sempre informada sobre seu diagnóstico e a conduta que está sendo adotada. Nos casos de excesso de pelos, o resultado clínico pode demorar até seis meses para ser percebido. O acompanhamento com um dermatologista é muito importante para ajudar no tratamento", completa a especialista.

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