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Estado de Minas SAÚDE

Cuidado com alterações nos gânglios linfáticos

Inflamação na íngua pode ser benigna ou representar até indício de câncer


postado em 22/09/2017 17:04

Alterações nos gânglios linfáticos que durem por muito tempo exigem atenção de um profissional, já que podem indicar problemas mais sérios(foto: Freepik)
Alterações nos gânglios linfáticos que durem por muito tempo exigem atenção de um profissional, já que podem indicar problemas mais sérios (foto: Freepik)
O aumento ou a inflamação dos gânglios linfáticos – popularmente conhecidos como íngua – pode, entre outros problemas, ser o indício do desenvolvimento de tumores malígnos, que devem acometer cerca de 600 mil brasileiros até o fim deste ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A hematologista Caroline Rebello, do Hospital Samaritano, do Rio de Janeiro, lembra que os gânglios linfáticos (ou linfonodos) são órgãos responsáveis pela resposta imunológica do corpo. O aumento deles – em geral nas axilas, no pescoço e na região da virilha – significa uma provável resposta a algum processo infeccioso ou inflamatório. "Quando a íngua é indolor, tem textura endurecida ou petrificada, tamanho maior que 2,25 cm e está presente nessas áreas por mais de 15 dias, é recomendável procurar um médico o quanto antes", alerta a especialista.

A médica destaca ainda que, em pessoas mais magras, esses nódulos são, geralmente, mais visíveis e palpáveis. "Podem surgir na forma de pequenos caroços também após a ocorrência de lesões ou infecções, quando é importante avaliar se o tamanho do gânglio está aumentado, por meio de medição feita por profissional. Outro indicativo de que a pessoa deve procurar um médico imediatamente é quando estão associados sinais de febre, emagrecimento, sudorese repentina e perda de apetite, bem como coceira localizada ou tosse", esclarece Caroline Rebello.

Os principais tipos de câncer relacionados ao aparecimento de ínguas são os linfomas, os melanomas e as leucemias, além dos de mama, de próstata, de rim, do trato intestinal, de pulmão e das regiões da cabeça e do pescoço. Apesar disso, é importante salientar que nem toda íngua representa, necessariamente, a possibilidade de surgir um tumor. "Os nódulos podem estar relacionados à tuberculose, ao vírus HIV, ao lúpus ou à sarcoidose. A melhor maneira de prevenir situações mais graves é por meio da análise de um especialista, que poderá avaliar do que se trata e orientar como proceder", pontua a especialista.

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