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Estado de Minas SAÚDE

Trocar tratamentos convencionais por alternativos contra o câncer pode ser fatal

Estudo feito nos EUA mostra que pacientes que largaram a quimioterapia e a radioterapia tiveram mais chances de morrer de câncer


postado em 04/09/2017 10:50 / atualizado em 04/09/2017 10:41

Estudo americano mostra que pacientes com câncer de mama que largaram os tratamentos convencionais tiveram cinco vezes mais risco de morrer em decorrência da doença(foto: Pixabay)
Estudo americano mostra que pacientes com câncer de mama que largaram os tratamentos convencionais tiveram cinco vezes mais risco de morrer em decorrência da doença (foto: Pixabay)
Abandonar um tratamento convencional para tentar métodos alternativos contra o câncer pode não ser o melhor caminho. Segundo estudo publicado no periódico oficial do Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos, pacientes que fizeram essa escolha e buscaram recursos com menos efeitos colaterais tiveram o dobro de chance de morrer em decorrência do cancro.

A pesquisa foi conduzida pelo médico Skyler Johnson, da Escola de Medicina da Universidade de Yale (EUA). Sua equipe colheu informações de 840 pacientes listados no banco de dados americano sobre o câncer entre os anos de 2004 e 2013. Deste total, 280 optaram por tratamentos alternativos e 560 pelo método convencional. O estudo abordou os tipos mais comuns da doença no país: de mama, da próstata, do pulmão e colorretal.

Conforme o resultado do estudo, aqueles que optaram por um recurso alternativo tiveram 2,5 vezes mais chances de morrer durante um período de cinco anos e meio após o tratamento do que os pacientes que recorreram à quimioterapia, cirurgia ou algum tratamento com radiação.

Ao separar a pesquisa pelos tipos da doença, a maior taxa de mortalidade foi registrada nos pacientes que sofriam de câncer de mama e que não recorreram a tratamentos convencionais – até cinco vezes mais. Na sequência apareceram os pacientes vítimas do câncer de cólon (quatro vezes) e de pulmão (duas vezes). Em relação ao câncer de próstata, não houve alteração no risco de mortalidade.

De acordo com o autor do estudo, Skylerx Johnson, o levantamento foi feito porque o número de pacientes que abandonam as recomendações médicas para tentar tratamentos não convencionais está aumentando. "Podemos ter, agora, uma discussão com base em evidências, sobre qual é o risco para quem opta por terapias alternativas", comenta o médico em entrevista ao canal americano de notícias CNN.

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