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Estado de Minas SAÚDE

Milhões de pessoas pegam dengue e não apresentam sintomas

Segundo a Organização Mundial de Saúde, são quase 300 milhões de casos assintomáticos da dengue


postado em 27/10/2017 13:20

(foto: Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)
(foto: Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 396 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus da dengue todos os anos no mundo. Dessas, apenas 96 milhões apresentam os sintomas da doença e aproximadamente 294 milhões têm dengue assintomática, ou seja, não manifestam sinais e nem chegam a saber que foram infectadas pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

"Essa situação é alarmante, pois há possibilidade do indivíduo infectado pela segunda vez ter mais chance de desenvolver a forma grave da doença, que pode levar ao óbito", explica Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur. São quase 300 milhões de pessoas – mais do que toda a população brasileira – que correm maior risco de, em uma infecção secundária, desenvolver dengue hemorrágica, sem nem saberem que já foram contaminadas pelo vírus uma primeira vez.

Diferença entre as doenças

A OMS classifca a dengue em clássica, com ou sem sinais de alarme, e grave ou hemorrágica. A doença chamada de clássica sem sinais de alarme apresenta sintomas como febre alta (acima de 38º); enjoo; manchas avermelhadas na pele; dor de cabeça, no fundo dos olhos e muscular; diminuição de leucócitos no sangue (células de defesa do nosso organismo); e fragilidade dos vasos capilares. Já no problema com sinais de alarme, o paciente manifesta também vômito persistente, dor abdominal, acúmulo de líquidos, edemas (inchaço), sangramento de mucosas e aumento da concentração de células vermelhas no sangue com concomitante queda de plaquetas, o que pode aumentar os sangramentos.

Em relação á forma hemorrágica, o paciente pode apresentar ainda sangramento intenso, choque e disfunção de órgãos.

Segundo Sheila Homsani, circulam de forma imprevisível pelo mundo quatro tipos de vírus da dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). "Não há correlação entre gravidade e sorotipo da dengue. Um indivíduo que seja infectado por qualquer um dos quatro sorotipos pode desenvolver a forma grave da doença", explica a especialista.

Não há tratamento específico para o vírus da dengue, apenas formas de amenizar os sintomas, por meio de medicação específica, além de repouso e hidratação.

Vale lembrar que o melhor caminho no combate à doença é a prevenção, combatendo o mosquito Aedes aegypti.

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