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Estado de Minas SAÚDE

Pouca gente sabe, mas existem três tipos de lúpus

A doença autoimune afeta milhões de pessoas, incluindo celebridades como Selena Gomez e Lady Gaga


postado em 30/10/2017 11:34 / atualizado em 30/10/2017 11:38

A cantora americana Selena Gomez é uma das celebridades vítimas do lúpus. No caso da artista, a doença autoimune afetou os rins e causou depressão e outros problemas neurológicos(foto: Instagram/selenagomez/Reprodução)
A cantora americana Selena Gomez é uma das celebridades vítimas do lúpus. No caso da artista, a doença autoimune afetou os rins e causou depressão e outros problemas neurológicos (foto: Instagram/selenagomez/Reprodução)
Existe uma doença grave e pouco conhecida das pessoas que pode atingir órgãos vitais, como cérebro, coração e pulmões. Segundo dados da empresa farmacêutica GlaxoSmithKline, 11% da população mundial acredita que o lúpus é uma bactéria e muitos não sabem das complicações da doença, incluindo ataque cardíaco e anemia. Uma das vítimas da doença autoimune é a cantora americana Selena Gomez. A artista apresentou falência dos rins e desenvolveu sintomas de depressão, ansiedade e pânico.

Atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cinco milhões de pessoas em todo o mundo convivem com o lúpus, que não tem cura. Os cientistas acreditam que as causas da doença estão relacionadas a fatores genéticos, hormonais e externos.

Outras celebridades também possuem a doença, entre eles, o cantor Seal e as cantoras Lady Gaga e Toni Braxton. No Brasil, a apresentadora Astrid Fontenele anunciou que ser portadora do lúpus.

A americana Selena Gomez precisou, inclusive, realizar um transplante de rim para dar continuidade ao tratamento. Ela divulgou a cirurgia em sua conta oficial no Instagram, no dia 14 de setembro deste ano.

Para entender o problema, o reumatologista Frederico Marcondes, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ, esclarece alguns pontos ligados à doença:

Tipos de lúpus

Existem três tipos da doença. O lúpus eritematoso sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos; o lúpus cutâneo, que é restrito à pele; e o lúpus induzido por drogas, que surge após a administração de medicamentos, podendo haver comprometimento cutâneo e de outros órgãos – em geral há melhora com a retirada do medicamento que desencadeou o quadro.

Sintomas mais frequentes

O lúpus eritematoso sistêmico pode causar cansaço, desânimo, febre baixa, perda de apetite, queda de cabelo, inflamação nas articulações 0 sendo esta observada em mais de 90% dos pacientes. As lesões de pele mais características são manchas avermelhadas no rosto, conhecidas como "lesões em asa de borboleta". Podem ocorrer ainda manifestações em outros órgãos como rins, pulmão, coração e cérebro.

Diagnóstico

Muitas vezes, o lúpus sistêmico é confundido com outras doenças, por isso, é comum a demora no diagnóstico. A análise é feita pelo médico levando em conta a presença de manifestações clínicas combinadas a resultados de exames laboratoriais.

Tratamento

Deve ser individualizado, dependendo das manifestações apresentadas. O reumatologista determinará o tratamento mais adequado, sendo fundamental a revisão constante, por meio de consultas realizadas a cada três ou seis meses (em períodos de atividade da doença, pode ser necessário acompanhamento mais frequente).

Mito

O lúpus eritematoso sistêmico não é contagioso e também não é um tipo de câncer. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico do paciente ataca o seu próprio organismo.

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