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Estado de Minas CIÊNCIA

Cientistas britânicos conseguem desfazer envelhecimento celular

Os pesquisadores usaram o resveratrol, substância altamente inoxidável


postado em 20/11/2017 09:10 / atualizado em 20/11/2017 09:24

O antioxidante resveratrol, presente em muitos produtos, como chocolate amargo e vinho tinto, conseguiu desfazer o envelhecimento de células(foto: Pixabay)
O antioxidante resveratrol, presente em muitos produtos, como chocolate amargo e vinho tinto, conseguiu desfazer o envelhecimento de células (foto: Pixabay)
De forma surpreendente, cientistas britânicos conseguiram desfazer o processo de envelhecimento celular, pelo menos em nível laboratorial. Para isso, eles utilizaram um polifenol chamado resveratrol, que é um componente altamente antioxidante, encontrado, por exemplo, no chocolate amargo, no vinho tinto, no mirtilo e no amendoim. O estudo foi publicado no periódico científico BMC Cell Biology.

Segundo os cientistas das universidades de Exeter e de Brighton, ambas do Reino Unido, a pesquisa pode ser um grande avanço da Medicina, pois trata do rejuvenescimento das células senescentes – aquelas que atingiram o limite de divisão, mas permanecem inativas, sem terem morrido de forma natural.

Aliás, o acúmulo de células senescentes é uma das possíveis causas para o fato de as pessoas mais velhas adoecerem com maior facilidade, pois elas deixam de funcionar como deveriam.

Em um estudo anterior, pesquisadores identificaram uma classe de genes denominados "fatores de empalme" que prolongam o funcionamento das células. Porém, eles se desligam progressivamente à medida que envelhecemos. As células senescentes, no entanto, possuem menos "fatores de empalme' do que as outras.

Em contrapartida, a recente pesquisa britânica mostrou que o resveratrol pode inibir esse efeito e rejuvenescer as células senescentes por meio do alongamento dos telômeros – estruturas que protegem o cromossomo, mas se esgotam com o tempo. "Essas células inativas pareciam células jovens [após o tratamento]. Era como mágica", comenta Eva Latorre, uma das cientistas do estudo, em entrevista para o jornal britânico The Independent.

A pesquisa das universidades Exeter e Brighton ainda necessita de novos passos, mas já é um ótimo sinal de que as pessoas poderão ter um envelhecimento mais saudável, sem as consequências do decorrer dos anos, como o advento de problemas neurodegenerativos, por exemplo.

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