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Estado de Minas SAÚDE

Cuidado com o uso indiscriminado de anti-inflamatórios

Muitas vezes, as pessoas se automedicam para tratar uma dor, sem saber a causa, e isto é arriscado


postado em 27/11/2017 15:04 / atualizado em 27/11/2017 15:20

O uso de anti-inflamatórios sem necessidade e por um período prolongado por afetar o estômago, os rins e alterar a pressão sanguínea, entre outros problemas(foto: Pexels)
O uso de anti-inflamatórios sem necessidade e por um período prolongado por afetar o estômago, os rins e alterar a pressão sanguínea, entre outros problemas (foto: Pexels)
É sabido que a dor é o principal sinal de alerta de que algo não vai bem no corpo. Os especialistas alertam que, ao invés de fazer uso de medicamentos para controlá-la, o melhor é buscar ajuda médica para identificar a causa do problema.

Sentir dor nas articulações, por exemplo, no joelho, é algo bastante desagradável e que, em muitos casos, pode até mesmo prejudicar as atividades diárias. Em busca de uma solução rápida, muitas pessoas acabam recorrendo aos anti-inflamatórios não hormonais, ou seja, que não são derivados da cortisona. Porém, o uso indiscriminado desses medicamentos, especialmente quando feito sem acompanhamento médico e por períodos prolongados, pode trazer sérios riscos para a saúde.

"A principal recomendação é não se automedicar e, ao sentir dor, procurar auxílio de um médico, para que ele identifique a causa e, com base no diagnóstico correto, possa indicar o tratamento mais adequado", aconselha a otorrinolaringologista Wanessa Scala, gerente médica do laboratório Aché.

Segundo ela, uma dieta equilibrada, com menos calorias e mais vitaminas, e a prática constante de atividades físicas auxiliam na manutenção do peso, no fortalecimento dos músculos e na proteção das articulações. "Essas medidas ajudam a prevenir os quadros de dor. Porém, se ela tiver intensidade leve, o indivíduo pode, ao invés de fazer uso indiscriminado de anti-inflamatórios, lançar mão de medidas não farmacológicas, tais como o repouso da área afetada e o uso de compressas geladas. Caso não haja melhora, deve procurar um profissional médico", recomenda a especialista.

Os anti-inflamatórios tradicionais podem apresentar efeitos nocivos que limitam a sua utilização, principalmente a médio e a longo prazo. Conforme a especialista, eles podem trazer sérios transtornos gástricos e intestinais, além de aumentar a pressão arterial. Nos rins, as complicações podem comprometer sua função, resultando em insuficiência renal. Embora sejam menos frequentes, outros são alterações na pele, como urticária, e complicações hepáticas, pulmonares e hematológicas.

A médica lembra que, por mais incômoda que seja, a dor é um alerta do organismo de que algo não vai bem e, portanto, não deve ser ignorada. Se um atleta, por exemplo, fizer uso precoce de anti-inflamatório com o intuito de evitá-la, estará inibindo a resposta inflamatória que o corpo desencadeia frente a um trauma agudo ou crônico.

Ao fazer isso, ele deixará de sentir dor – um sinal de alerta para não continuar o movimento que, inclusive, está agredindo seu corpo –, impedindo também o processo de restabelecimento. Logo, dificilmente conseguirá identificar problemas como tendinite e distensão muscular. Assim, uma lesão inicialmente simples pode se tornar grave e irreversível.

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