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Estado de Minas VEÍCULOS

Mais de 2,2 milhões de carros andam pelas ruas com defeito nos airbags

Segundo o Denatran, esse número diz respeito aos veículos que deixaram de fazer o recall das montadoras


postado em 13/11/2017 11:46 / atualizado em 13/11/2017 11:51

Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), mais de 2,2 milhões de veículos circulam pelas ruas do Brasil com os airbags defeituosos, já que não passaram pelos recalls das montadoras(foto: Pixabay)
Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), mais de 2,2 milhões de veículos circulam pelas ruas do Brasil com os airbags defeituosos, já que não passaram pelos recalls das montadoras (foto: Pixabay)
Analisando os últimos recalls feitos pelas montadoras no Brasil, percebe-se que o componente que mais tem apresentado problemas é o airbag. No entanto, 84% dos mais de 2,2 milhões de veículos que se encontram com esse componente essencial comprometido não foram corrigidos, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Ainda conforme Elmer Coelho Vicenzi, diretor do Denatran, 85% dos recalls dirigidos a veículos automotivos podem causar lesões. No caso das motos, acrescenta, 60% dos problemas identificados implicam em risco de queda. "No caso dos airbags, apenas 16% dos recalls foram atendidos. Isso significa que 84% desses veículos estão andando pelas ruas com seus airbags defeituosos", comenta Vicenzi, em entrevivts concedida ao programa Por Dentro do Governo, da TV NBR, nesta segunda, dia 13 de novembro.

Os números citados pelo diretor constam do Boletim Recall do órgão vinculado ao Ministério das Cidades. O documento mostra que, entre 2013 e junho de 2016, o airbag foi o componente mais afetado pelas campanhas de recall. Ele representa mais de um quarto (26%) dos componentes que tiveram problemas detectados pelas montadoras. No período foram, ao todo, 60 pedidos de recall relacionados aos airbags. O problema afetou mais de 2,2 milhões de veículos. Em segundo lugar ficaram os freios, com 17% do total de componentes defeituosos responsáveis por pedidos de recall; em seguida, o sistema de combustível (16%); motor (11%); problemas na direção (9%); e cintos de segurança (7%).

Para Elmer Vicenzi, a ineficiência das campanhas de recall se deve à dificuldade de o consumidor saber se seu veículo está entre os que tiveram o chassi informado nas campanhas. A fim de dar mais eficiência para essas campanhas, o governo pretende fazer uma parceria com as empresas do setor, fornecendo "apenas para essa finalidade" o nome e o endereço do proprietário do veículo que precisa passar pelo recall. "Vamos fiscalizar o recall para garantir que o uso dessa informação está restrito a esse serviço", garante o diretor do Denatran.

Ele recomenda que os consumidores recorram ao site do Departamento Nacional de Trânsito para saber se o seu veículo precisa passar por algum tipo de ajuste da montadora. "Tem uma área do site onde ele pode digitar o número do chassi para ver se há algum recall pendente", afiam Vicenzi.

Para quem não sabe, recall é um chamado público feito pelas empresas quando um produto ou serviço apresenta um defeito que coloque em risco a saúde e a segurança do consumidor. O objetivo é corrigir problemas e prevenir acidentes. A medida está prevista no artigo 10º do Código de Defesa do Consumidor.

(com Agência Brasil)

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