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Estado de Minas MERCADO

Segundo a OMS, depressão será a principal causa de afastamento de trabalhadores em 2020

O transtorno depressivo e de ansiedade deve causar um rombo de US$ 1 trilhão daqui a três anos


postado em 06/12/2017 13:55 / atualizado em 06/12/2017 14:31

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão será a maior causa de afastamento do trabalho em todo o mundo em 2020. A perda de produtividade em decorrência de transtornos depressivos e de ansiedade devem representar um custo aproximado de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 2,24 tri) por ano, que afetará drásticamente a economia mundial.

No Brasil, os casos de afastamento do trabalho devido a problemas ocupacionais cresceram cerca de 25% entre 2005 e 2015, atingindo 181.608 pessoas, segundo informações publicadas no Anuário do Sistema Público de Emprego e Renda do Dieese, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Em 2016, 75,3 mil trabalhadores brasileiros foram afastados por causa de depressão. Esse grupo corresponde a 37,8% de todas as licenças do ano passado e que tiveram direito a recebimento de auxílio-doença em casos episódicos ou recorrentes.

Segundo Luiz Carlos Silveira Monteiro, presidente da ePharma, esses dados revelam que as empresas precisam repensar o modelo de gestão de saúde ocupacional. "Investir no bem-estar do colaborar e familiares precisa ir além dos gastos com plano de saúde. As corporações precisam mudar paradigmas e deixar a cultura centrada na doença para investir no estímulo à saúde", comenta o empresário.

O executivo afirma que o novo modelo de gestão de saúde populacional deve se basear em um mapeamento completo do público. Isso vai garantir o conhecimento do perfil de risco e demandas particulares. A partir desses dados, será possível traçar programas que atendam às necessidades dos trabalhadores. "Precisamos promover a saúde, que vai contribuir para a redução dos custos com operadoras de saúde e também do presenteísmo e absenteísmo [falta no trabalho]", diz Luiz Carlos Monteiro.

Ele lembra ainda que os impactos promovidos por esses programas vão além do espaço das empresas. Os funcionários tendem a levar esse aprendizado para casa. "As pessoas estão preocupadas com o bem-estar e as empresas podem contribuir muito com a melhoria da qualidade de vida da população fazendo uma nova gestão de saúde ocupacional", comenta o empresário.

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