Publicidade

Estado de Minas BEM-ESTAR

Cuidado com a interação medicamentosa

Certos alimentos, bebidas e mesmo remédios podem atrapalhar o efeito do tratamento medicamentoso


postado em 16/02/2018 10:20 / atualizado em 16/02/2018 10:32

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Apesar de ser algo ainda desconhecido por muitos brasileiros, o consumo de certos alimentos pode afetar a correta atuação de determinados medicamentos. É o caso, por exemplo, do uso de anticoagulantes concomitantemente com vegetais ricos em vitamina K, como brócolis, alface, aspargo e couve. Estes alimentos conseguem inibir o efeito anticoagulante do remédio. Por isso, o paciente é orientado a diminuir a ingestão desses vegetais.

Esse tipo de interação negativa entre alimentos e medicamentos mostra como a automedicação pode trazer riscos para as pessoas. Somente um especialista poderá dar orientação sobre a interação medicamentosa, que inclui também a ingestão de bebidas e até de outros remédios. "O profissional está apto a acompanhar o resultado dessa interação, que pode aumentar ou reduzir os efeitos de um ou dos dois medicamentos, por exemplo, ou pode ainda surtir um novo efeito", explica o médico Luiz Carlos Silveira Monteiro, presidente da ePharma.

O especialista orienta os pacientes a lerem cuidadosamente a bula dos medicamentos, já que nela deve constar informações importantes sobre o tratamento. Com isso, é possível saber quais as reações e os sintomas produzidos pelos remédios. "Se tiver dúvida, deve procurar orientação de um especialista. Uma conversa com o médico pode ajudar muito no tratamento", ressalta Monteiro, que lembra ainda que o uso de mais de um medicamento pode potencializar, diminuir ou até mesmo gerar reações indesejáveis.

Para se ter uma ideia das diversas interações medicamentosas, o uso de antibióticos com anticoncepcionais pode, por exemplo, reduzir a concentração de hormônios presentes na pílula contraceptiva e afetar a população das bactérias benéficas da flora intestinal. "Isso compromete a absorção do medicamento pelo organismo, reduzindo seu efeito terapêutico", explica o médico.

Ele lembra ainda que o paciente deve suspender o consumo de álcool durante os tratamentos. Nos casos do uso de anti-inflamatórios, por exemplo, a ingestão de bebidas alcoólicas pode aumentar os riscos de úlcera gástrica e sangramento. "É importante ter consciência do uso dos medicamentos associados a bebidas alcoólicas. Muitos pacientes apresentam um outro sintoma, que também precisará ser tratado", alerta o especialista.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade