Publicidade

Estado de Minas SAÚDE

Automedicação pode ser muito perigosa

Remédios que parecem inofensivos podem ocultar sintomas mais graves e até tirar o efeito de outros fármacos


postado em 01/03/2018 09:11 / atualizado em 01/03/2018 09:28

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
É quase impossível encontrar uma família que não tenha uma "farmacinha" dentro de casa. A automedicação acaba sendo uma "ferramenta" para resolver problemas de forma rápida, como dor de cabeça, dos músculos, gases, e diversas outras perturbações como alergias, ansiedade e cansaço. Como já estão acostumadas a sempre tomar o mesmo remédio, as pessoas acreditam que isso não gera qualquer dano para a saúde.

"O remédio que achamos que é o certo para nosso alívio pode até resolver no momento, mas também pode trazer uma série de outras complicações no futuro. Isso porque, se você não é um profissional da saúde, não conhece as especificidades de cada medicamento e as necessidades do organismo quando está com alguma dor ou doença", explica a médica Patrícia Filgueiras dos Reis, do aplicativo Docway.

Para a especialista, quando fazemos uso frequente do mesmo medicamento, o organismo pode criar resistência ou dependência daquela determinada substância. Além disso, nem sempre conhecemos a causa do sintoma. "Às vezes uma dor comum pode ser algo mais sério e precisar de um tratamento específico. Por isso a importância de consultar um médico antes de comprar qualquer medicamento", comenta a médica. Ela lembra que algumas medicações ajudam numa situação repentina e para resolver um quadro febril, por exemplo. Neste caso, um analgésico/antitérmico pode ajudar, desde que a pessoa não tenha alergia ao princípio ativo nem sofre com doenças autoimunes. Se os sintomas persistirem, é essencial procurar atendimento adequado.

Outra questão importante é o uso de medicamentos que camuflam os sintomas, mas não curam a doença, como, por exemplo, alguns fármacos usados para a rinite e os anti-inflamatórios. Segundo Patrícia Reis, é comum que as pessoas façam uso desses medicamentos achando que estão resolvendo o problema, quando, na verdade, ele pode estar piorando o quadro, ao passo que os sintomas são atenuados.

O perigo da automedicação não para por aí. Às vezes, um remédio pode cortar o efeito de outro. "Isso acontece com alguns tipos de antibióticos e anticoncepcionais. Varia de caso para caso, mas pode acontecer do primeiro medicamento inibir o efeito do segundo, que é de uso contínuo", analisa a especialista.

Por isso, é imprescindível consultar um médico quando sentir qualquer dor ou perturbação recorrente ou persistente, e não fazer uso de remédios continuamente sem orientação. As consequências podem ser mais sérias do que imaginamos.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade