Além da reconstrução facial, os cientistas realizaram um estudo osteobiográfico, detalhando alguns aspectos sobre quem era e como viveu o morador ancestral da cidade. Neste caso, foram refeitas características como sexo, idade e estatura, assim como informações sobre doenças e possíveis atividades físicas.
O estudo anatômico do crânio permitiu que a equipe do museu estimasse as estruturas da face, como os músculos, olhos e nariz. "A técnica de aproximação facial consiste em basear-se nestas informações para que seja produzida uma imagem compatível com a aparência em vida do indivíduo. Incialmente foi feita a réplica virtual do crânio a partir de fotografias com câmera digital [...] As imagens foram processadas obtendo o crânio 3D usando programas de computador de acesso livre. Estruturas anatômicas foram modeladas virtualmente sobre o crânio digitalizado, e por fim, recobertas com uma camada de pele que se adapta sobre o conjunto, respeitando a interação entre as partes ósseas e moles", informa o Museu Nacional em texto publicado no Facebook.
Possivelmente, o "carioca" tinha 38 anos e media cerca de 1,5 m de altura. Ele corresponde aos povos americanos que teriam vivido em nosso território antes da chegada dos portugueses.
Apesar de muita gente achar que esse indivíduo teria alguma relação com a Luzia, que foi encontrada na região de Lagoa Santa, Minas Gerais, na década de 1970, isso não procede. Eles viveram em épocas totalmente diferentes. A antiga mineira teria vivido há 11 mil anos na região de sítios arqueológicos explorada pelo naturalista dinamarquês Peter Lund, enquanto o esqueleto do Rio viveu há dois mil anos.
Veja, abaixo, a reconstrução feita pelo Museu Nacional:
(com assessoria de imprensa da UFRJ)