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Estado de Minas SAÚDE

Esclerose lateral amiotrófica não tem cura, sabia?

A doença, também chamada de ELA, ficou mundialmente famosa por ter afetado o físico inglês Stephen Hawking, que faleceu nesta quarta, dia 14


postado em 14/03/2018 08:01 / atualizado em 14/03/2018 08:33

Uma das mais famosas vítimas da esclerose lateral amiotrófica (ELA), o astrofísico inglês Stephen Hawking faleceu na madrugada desta quarta, dia 14 de março(foto: Jason Bye/PBS/Divulgação)
Uma das mais famosas vítimas da esclerose lateral amiotrófica (ELA), o astrofísico inglês Stephen Hawking faleceu na madrugada desta quarta, dia 14 de março (foto: Jason Bye/PBS/Divulgação)
O mundo amanheceu triste nesta quarta, dia 14 de março, com a notícia da morte do físico e cosmologista inglês Stephen Hawking, aos 76 anos. Em 1963, ele foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa progressiva que afeta o primeiro neurônio motor superior, no cérebro, e também o segundo neurônio motor inferior, na medula espinhal. Na época, os médicos lhe deram poucos anos de vida. Porém, o célebre cientista, professor emérito da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e autor de clássicos como Breve História do Tempo e O Universo Numa Casca de Noz, viveu o suficiente para mudar nossa percepção acerca do universo e para ter sua vida representada no filme A Teoria de Tudo (2014), que rendeu o Oscar de Melhor Ator ao também inglês Eddie Redmayne, que, de forma impecável, interpretou Hawking na cinebiografia.

Para quem não sabe, a ELA, como mostra o portal do médico Drauzio Varela, faz com que os neurônios percam a capacidade de transmitir os impulsos elétricos. Infelizmente, não existe uma causa aparente para a esclerose lateral amiotrófica. "Parece que a utilização excessiva da musculatura favorece o mecanismo de degeneração da via motora, por isso, os atletas representam a população de maior risco. Outra causa provável é que dieta rica em glutamato seja responsável pelo aparecimento da doença em pessoas predispostas", diz o texto publicado no site especializado em Medicina.

Normalmente, os sintomas da ELA incluem fraqueza muscular, acompanhada de enrijecimento dos músculos (esclerose), que começa num dos lados do corpo – por isso é chamada de lateral –, e que causa também a atrofia muscular. O paciente pode sentir ainda cãibras, tremor muscular, reflexos vivos, espasmos e perda da sensibilidade, segundo o site de Drauzio Varela.

O problema é que a doença costuma ser confundida com outras condições e tem diagnóstico difícil. "Em grande parte dos casos, o paciente passa por quatro, cinco médicos num ano, antes de fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento", informa o texto do site do famoso oncologista brasileiro.

Não existe tratamento específico para essa condição degenerativa, que é progressiva. A vítima da esclerose lateral amiotrófica costuma ser atendida por uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.

Como foi o caso do brilhante físico Stephen Hawking, responsável pela descoebrta dos buracos negros, a ELA não afeta as habilidades mentais, nem os cinco sentidos. A visão e a fala também não costumam sofrer danos em decorrência da doença. O cosmologista inglês utilizava um sintetizador de voz porque em 1985, após visitar as instalações da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, sigla em francês), acabou sendo vítima de uma pneumonia. Com isso, passou por uma traqueostomia que invalidou suas cordas vocais.

Confira, abaixo, ao trailer do filme A Teoria de Tudo:

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