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Estado de Minas SAÚDE

Escoliose afeta muitos adolescentes, especialmente as meninas

O desvio da coluna deve ser tratado o quanto antes, diz especialista


postado em 16/03/2018 09:42 / atualizado em 16/03/2018 10:01

(foto: Orthopaedia.com.sg/Reprodução)
(foto: Orthopaedia.com.sg/Reprodução)
Apesar de ser muito comum em idosos, a escoliose é um problema que afeta principalmente os adolescentes. Ela faz com que a coluna se movimente para os lados e, com isso, pacientes que apresentam a patologia têm a coluna em um formato de "S" ou de "C". Dependendo da intensidade da curvatura, pode ser considerada mais grave ou mais moderada.

Nos jovens, a escoliose pode ser do tipo idiopática, quando não tem causa definida, ou ser fruto de uma diferença no comprimento dos membros inferiores, de milímetros, que pode levar à curvatura da coluna. Tratar essa condição éssencial para que ela não evolua e gere complicações.

Segundo a Sociedade de Pesquisa sobre Escoliose, a deformação costuma afetar meninas com mais frequência do que os meninos, ocorrendo geralmente antes da primeira menstruação. "A escoliose é frequente nessa fase de crescimento e é preciso ficar atento. Os pais podem ficar de olho para ver a postura dos adolescentes e o alinhamento da coluna", comenta a fisioterapeuta Walkiria Brunetti.

A recomendação da Sociedade de Pesquisa sobre Escoliose é que meninas sejam examinadas para identificar a deformidade aos 10 e aos 12 anos, e que os garotos passem pela mesma avaliação aos 13 e aos 14 anos. "Quanto mais cedo a deformidade for identificada, melhor será a resposta ao tratamento conservador, para que não seja necessária uma cirurgia no futuro", explica a especialista.

Além de problemas físicos, como dificuldade para respirar e diferenças na altura dos ombros, a escoliose sem tratamento pode causar problemas psicológicos, uma vez que a patologia afeta a autoestima dos adolescentes. "A postura incorreta impacta na autoestima, portanto, a escoliose não deve ser subestimada. A condição também pode levar os adolescentes a se sentirem excluídos de atividades sociais ou esportivas, por exemplo", diz Walkiria Brunetti. Com o tempo, o problema não tratado leva também a dores nas costas.

Pilates ajuda

Segundo Walkiria, quando há diferença entre os membros, acima de 6 mm, é recomendado o uso de uma palmilha para corrigir a discrepância. Entre os tratamentos iniciais estão técnicas de fisioterapia postural, como o RPG, pilates e cadeias musculares. "O fortalecimento da musculatura da coluna ajuda a corrigir a postura e a minimizar os problemas causados pela escoliose. Por deixar a coluna em uma posição neutra, o pilates traz importantes benefícios para os adolescentes, pois também ensina a manter a postura estável e ajuda no fortalecimento dos músculos dão estabilidade para a coluna", diz a fisioterapeuta.

Sem tratamento, o quadro pode evoluir e a curvatura da coluna ficar mais acentuada. Em casos mais graves, a recomendação é o uso de um colete para corrigir a coluna ou até mesmo cirurgia para desfazer o desvio.

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