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Estado de Minas BEM-ESTAR

Quer virar vegetariano? Especialista dá dicas para deixar de comer carne de forma saudável

O vegetarianismo e o veganismo estão na moda, mas é preciso cuidado ao mudar a dieta


postado em 09/03/2018 08:45 / atualizado em 09/03/2018 08:56

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Seja em busca de uma vida supostamente mais saudável, seja para proteger os animais, cada vez mais pessoas estão aderindo ao vegetarianismo e ao veganismo. Segundo a nutricionista Cyntia Maureen, consultora da Superbom, tornar-se vegetariano é uma forma de ter uma saúde mais rica, sem colaborar com o comércio de alimentos de origem animal. "Ainda reduz o desmatamento e agressões ao meio-ambiente, já que o consumo de carne é um dos maiores causadores de derrubadas de florestas", comenta a especialista.

Para se ter uma ideia dos riscos do consumo recorrente de carne vermelha, esta fonte de proteína colabora para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e aumenta em 12% o risco de morte. Essas afirmações fazem parte de um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que avaliou mais de 120 mil voluntários durante um período de 10 anos. Além disso, a ingestão de carnes processadas como salsicha, presunto e mortadela também traz perigo, por induzir ao aparecimento do câncer colorretal.

Ainda assim, antes de virar vegetariano, é preciso tomar alguns cuidados. "Para abandonar o consumo da proteína animal é necessário conhecer os grupos de alimentos que oferecem os nutrientes fundamentais para nossa saúde e saber que uma dieta sem carne não deve ter um cardápio limitado, muito pelo contrário, quanto mais diversificado melhor", afirma Cyntia Maureen.

A nutricionista aproveita para dar algumas dicas para quem deseja parar de comer carne:

Transição gradual
Segundo a especialista, quando se fala em transição para o vegetarianismo, é imprescindível não realizar mudanças drásticas na dieta em um curto espaço de tempo, principalmente para quem consome carne com certa frequência. "No início da mudança, escolha um dia da semana para ingerir apenas alimentos vegetarianos e, posteriormente, de forma gradual, vá aumentando os dias até que a carne não esteja presente em nenhum prato da sua dieta", orienta Cyntia.

Reposição de proteína
A nutricionista destaca que é imprescindível repor a proteína que o organismo necessita. A soja, por exemplo, é rica em proteína vegetal, mas a alimentação não pode ficar só à base deste grão. "Grãos, sementes e leguminosas são boas fontes de proteínas. Portanto, feijão, lentilha, grão de bico, cereais integrais, sementes de abóbora e de chia e as oleaginosas, como castanhas, nozes e amêndoas devem fazer parte do cardápio de quem não come carne". A especialista lembra que muitas pessoas acreditam que deixar de consumir proteína animal pode fazer mal à saúde, já que este alimento seria irico em nutrientes. "As proteínas são formadas por aminoácidos e, ao serem consumidas, são desintegradas pela ação digestiva e absorvidas pelo nosso organismo. Dos 200 aminoácidos existentes, apenas nove o corpo humano não é capaz de produzir. Eles são chamados de aminoácidos essenciais e estão presentes em vários alimentos vegetais, excluindo a necessidade da carne", explica.

Estude o assunto
Ler, aprender e entender sobre os alimentos e a influência que eles têm em nossa saúde é essencial, principalmente para quem faz uma mudança drástica da dieta. "O conhecimento sobre a saúde e a alimentação dos vegetarianos ajudará muito nesse processo. Acesse meios de comunicação que possuem essa filosofia como objeto central. A internet é uma forma de conhecer diferentes receitas vegetarianas e veganas, ler notícias sobre o tema, além de poder trocar experiências com indivíduos que já passaram ou também estão passando por essa transição", orienta Cyntia Maureen.

Consulte um especialista
A nutricionista alerta que para sanar dúvidas, realizar exames regularmente e receber orientações de como podem ser feitas as substituições, é preciso consultar um profissional de saúde. "Conduzir o plano alimentar da maneira correta minimiza de forma substancial as chances de desenvolver déficits nutricionais. Lembrando que cada metabolismo possui sua especificidade, e em alguns casos, por exemplo, existe a necessidade de suplementação de vitaminas. Portanto, a conduta alimentar pode variar de pessoa para pessoa. Além da consulta inicial, minha orientação é realizar avaliações com frequência para as possíveis adequações".

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