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Estado de Minas BEM-ESTAR

Colesterol alto pode provocar placas amareladas nas pálpebras

Esse problema é chamado de xantelasma e precisa ser tratado no início


postado em 09/04/2018 08:47 / atualizado em 09/04/2018 09:09

As placas de gordura que se acumulam na pálpebra são chamadas de xantelasma e podem ser causadas pelo excesso de colesterol(foto: Creme-milii.webnode.com/Reprodução)
As placas de gordura que se acumulam na pálpebra são chamadas de xantelasma e podem ser causadas pelo excesso de colesterol (foto: Creme-milii.webnode.com/Reprodução)
Você ainda acha que o colesterol alto é um perigo apenas para o sistema cardiovascular?Então, saiba que taxas elevadas dessa gordura também podem causar placas amareladas nas pálpebras, que são chamadas de xantelasma. Curiosamente, até a Gioconda, mulher que teria servido de inspiração para Leonardo Da Vinci criar a famosa pintura Mona Lisa, também sofria desse mal. Segundo análises feitas pela Universidade de Palermo, da Itália, há sinais do xantelasma no olho esquerdo da mulher retratada pelo mestre renascentista, além de lipomas (tumores benignos) subcutâneos em sua mão direita.

Mas, como se formam as placas amareladas? De acordo com a oftalmologista Tatiana Nahas, da Santa Casa de São Paulo, o xantelasma é um problema benigno, frequente e recorrente que causa problemas estéticos e costuma ser mais comum em mulheres de meia idade. "O xantelasma é caracterizado por placas macias e amareladas nas pálpebras superiores e/ou inferiores, geralmente no canto medial, mais próximo ao nariz.  As lesões se formam a partir do depósito de gordura e colesterol embaixo da superfície da pele. Esse depósito acontece por uma deficiência da oxidação lipídica que dá início a um processo inflamatório que leva às lesões", explica a médica.

A especialista lembra que o xantelasma não causa nenhum sintoma, porém, cresce de forma rápida e progressiva e pode levar um importante impacto estético. "É uma lesão que pode tomar uma boa extensão das pálpebras, interferindo no convívio social e afetando a autoestima. Além disso, não regride espontaneamente e precisa ser removido", diz a oftalmologista.

O ideal é remover as lesões logo no início. "Infelizmente, o xantelasma é uma condição de difícil manejo, justamente por estar localizado, geralmente, no canto medial das pálpebras, uma região muito sensível e delicada. Os tratamentos podem trazer efeitos indesejáveis. Por isso, o ideal é sempre tratar precocemente", comenta Tatiana Nahas.

Para a remoção das placas amareladas, a opção mais frequente é a cirurgia. "Às vezes, é preciso de retalho ou enxerto cutâneo no caso de lesões muito extensas. Por isso, é ideal remover assim que o paciente nota o aparecimento do xantelasma. Além de cirurgia, lasers e ácido podem ser eficazes, dependendo do tipo de pele do paciente", alerta a especialista.

Em alguns casos, pode-se remover o xantelasma no mesmo tempo da cirurgia de blefaroplastia (remoção das "bolsas" debaixo dos olhos). No caso do xantelasma, a blefaroplastia é feita para remover as lesões e promover um bom resultado estético.

Como uma parte dos casos das placas amareladas está ligada a altos níveis de colesterol no sangue, uma forma de prevenir o problema é cuidar da alimentação e fazer exames periódicos para avaliar as taxas desta gordura no organismo. Mas, nos casos chamados de idiopáticos, sem causa definida, não há prevenção.

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