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Estado de Minas BEM-ESTAR

Dormir tarde pode reduzir a longevidade, segundo novo estudo

O hábito de não ter o sono regular estaria associado a vários problemas


postado em 18/04/2018 08:00 / atualizado em 19/04/2018 14:53

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Quem costuma dormir muito tarde acaba tendo várias justificativas para tal comportamento, que vão desde o estresse do dia a dia e insônia até aproveitar o tempo extra acordado para trabalhar ou estudar. Além do mais, com a vida corrida que levamos atualmente, é cada vez mais difícil pegar no sono cedo. Por outro lado, você já deve ter ouvido dizer que esse comportamento é prejudicial, pois uma noite bem dormida é essencial para a saúde e para o bom desempenho das tarefas. Um novo estudo realizado no Reino Unido foi além e descobriu que pessoas que dormem muito tarde têm o risco de morte ampliado em 10% em comparação com quem dorme cedo. A informação foi divulgada pelo site do canal americano de TV ABC News.

A pesquisa, publicada na revista científica Chronobiology International, acompanhou, durante o período de seis anos e meio, 430 mil pessoas com idades entre 38 e 73 anos. Entre os participantes avaliados, aqueles que dormiam tarde possuíam, ou desenvolveram, doenças como diabetes e diversos distúrbios, como psicológicos, neurológicos e  gastrointestinais.

Os pesquisadores creem que a relação entre dormir tarde e problemas de saúde pode estar no fato de que o relógio biológico (ritmo circadiano) se desalinha com as atividades do cotidiano, como trabalhar e comer.

Jet lag social

Outro problema, segundo os cientistas, seria o chamado "jet lag social" – fenômeno que ocorre quando há um padrão diferente de sono entre os dias úteis e os finais de semana, ou seja, quando você dorme pouco durante a semana e fica na cama "até o meio-dia" nos sábados e nos domingos, informa a notícia publicada pela ABC News.

Os cientistas britânicos ressaltam que os resultados do estudo não podem ser considerados como conclusivos, uma vez que a análise apresentou apenas uma associação e não uma "relação de causa e efeito". Por exemplo, é sabido que estresse, dieta inadequada, solidão e o uso de drogas e álcool são comportamentos que, também, contribuem para problemas de saúde.

Sendo assim, o artigo científico alerta que alguns fatores que foram observados nos participantes da pesquisa, como idade, sexo, tabagismo e obesidade, podem, de certa forma, ter interferido no estudo.

Os pesquisadores comentam ainda que o estudo deve servir como reflexão acerca da flexibilização do horário de trabalho, o que pode ajudar as pessoas que dormem tarde a ter uma qualidade de vida melhor. Eles também sugerem que o Horário de Verão pode prejudicar esses indivíduos que são mais sensíveis ao adiantamento dos relógios em uma hora.

Uma curiosidade que a matéria divulgada pela emissora americana destaca é que os nossos genes são entre 20% e 50% responsáveis pela preferência de dormir mais cedo ou mais tarde.

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