Publicidade

Estado de Minas TECNOLOGIA

Mark Zuckerberg pede desculpas por falhas no Facebook

Fundador da maior rede social do mundo foi sabatinado no Senado dos Estados Unidos


postado em 11/04/2018 09:24 / atualizado em 11/04/2018 09:49

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Em audiência conjunta das comissões Judiciária e de Comércio do Senado dos Estados Unidos, o presidente e criador do Facebook, Mark Zuckerberg, admitiu a importância de uma regulação dos serviços fornecidos por plataformas digitais como de sua rede social. A posição foi manifestada como resposta a questionamentos feitos pelos senadores.

A audiência foi motivada por episódios recentes envolvendo a companhia. No ano passado, o Congresso abriu uma investigação para apurar a responsabilidade do Facebook na interferência de russos nas eleições presidenciais americanas de 2016, como por meio do uso de anúncios pagos. Em março, reportagens revelaram que um desenvolvedor conseguiu coletar dados de dezenas de milhões de usuários e repassou à empresa de marketing digital Cambridge Analytica, do Reino Unido, que fez uso dos dados para influenciar a disputa que terminou com a vitória do magnata Donald Trump.

O fundador da rede social foi sabatinado por mais de cinco horas. Ele admitiu falhas da empresa nestes episódios e na garantia da privacidade dos usuários. Para impedir que casos como este ocorram novamente, relatou uma série de providências adotadas. Contudo, diversos senadores questionaram a efetividade dessas respostas.

"Nós vimos desculpas antes. Minha reserva sobre seu depoimento é que não vejo como pode mudar o seu modelo de negócio, que é monetizar informações dos usuários em detrimento da privacidade. A não ser que haja regras externas, não tenho certeza de que estes compromissos vão produzir ações", afirma o senador Richard Blumenthal.

Diante de diversas cobranças por uma regulação externa, no âmbito do poder público, Zuckerberg reconheceu que normas legais são importantes. "Nossa posição não é de que a regulação é ruim. A questão real é: qual é o arcabouço correto. Os detalhes importam", rebate o empresário.

Os termos de serviço do Facebook também foram apontados como uma deficiência grave que não resolve o problema. Os termos são o "acordo" com as regras de uso da plataforma que o usuário "aceita" para poder fazer parte dela, inclusas as garantias de privacidade. Ele traz uma explicação sobre o que a plataforma coleta e o que ela pode fazer ou não com seus dados.

O senador John Kennedy foi duro com o Zuckerberg: "O seu termo de serviço não presta. Não é para informar seus usuários sobre seus direitos. Sugiro que você reescreva. Você quer me dar controle dos meus dados? Você está disposto a expandir isso? Está disposto a expandir meu direito de saber com quem você está compartilhando meus dados? Está disposto a me deixar proibir você de compartilhar os dados?".

Mark Zuckerberg argumentou que os termos de serviço dizem quais dados são coletados e o que pode ser feito com eles. "Os termos de serviço são o que são, mas eles são feitos pelas pessoas. Oferecemos vários controles que as pessoas podem fazer a experiência do jeito que querem", explica. O fundador da rede social pondera que se os termos forem mais complexos podem ser compreendidos por menos pessoas.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade