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Estado de Minas BEM-ESTAR

Estudo comprova que não existe 'gordinho saudável'

Cientistas mostram que IMC acima de 30 é fator de risco para a síndrome metabólica, que causa várias doenças graves


postado em 03/05/2018 12:50 / atualizado em 03/05/2018 13:25

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Médicos e cientistas não cansam de alertar sobre os diversos problemas de saúde causados pela obesidade. Porém, certamente, você conhece pessoas que estão acima do peso e que não apresentam nenhuma doença. É aí que mora o perigo. De acordo com um estudo realizado pela Escola de Medicina do Centro Médico Wake Forest Baptist, nos Estados Unidos, as pessoas com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 têm um risco maior de sofrerem um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e de desenvolverem doenças cardiovasculares e diabetes, mesmo que, aparentemente, não tenham nenhum problema de saúde.

A pesquisa foi publicada em abril deste ano na revista oficial do Colégio Americano de Cardiologia (American College of Cardiology).

Segundo a pesquisadora Morgana Mongraw-Chaffin, principal autora do estudo, em comunicado enviado à imprensa, o fato de as pessoas com sobrepeso, supostamente saudáveis, acharem que não estão com a saúde em risco é mais perigoso do que parece. "Pessoas obesas que parecem ser saudáveis, geralmente, não são aconselhadas a perder peso ou tomar outras medidas para prevenir futuras doenças cardíacas", alerta a cientista.

Ainda conforme a nota de divulgação do estudo, a descoberta realizada pelo Centro Médico Wake Forest Baptist está relacionada a uma condição de saúde denominada síndrome metabólica. Ela ocorre quando uma pessoa possui pressão alta, níveis elevados de açúcar e de colesterol no sangue, e está com excesso de gordura abdominal. Esta condição afeta cerca de dois milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde.

A pesquisa americana contou com 6.809 participantes, com IMC acima de 30, e que foram selecionados por se enquadrarem em até dois desses fatores de risco da síndrome metabólica. Aqueles que possuíam problemas cardiovasculares não fizeram parte da avaliação. Os voluntários foram acompanhados por 12 anos e submetidos a uma avaliação clínica a cada dois anos. Os cientistas descobriram que quase metade dos participantes desenvolveram a síndrome.

De acordo com o Ministério da Saúde, esse problema, comum em pessoas com sobrepeso, aumentam as chances de doenças cardíacas, derrame e diabetes. O tratamento para a síndrome metabólica, ainda segundo o órgão, é feito por meio de atividades físicas e a perda de peso, mas, em certos casos, pode ser necessário o uso de medicamentos para tratar os fatores de risco, como pressão alta e excesso de gordura no sangue.

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