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Estado de Minas BEM-ESTAR

Orelha de abano pode ser corrigida nos recém-nascidos sem cirurgia

Até 30 dias de vida do bebê, pode ser usada uma prótese para tratar a deformidade


postado em 03/05/2018 09:27 / atualizado em 03/05/2018 09:40

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Um problema estético bem conhecido e que pdoe ser corrigido desde quando a criança nasce é a orelha de abano. "Se um procedimento simples for feito até o pequeno completar 30 dias de vida, a orelha de abano nem fará parte de suas memórias de infância", afirma o cirurgião plástico Maurício Orel.

Segundo o especialista, como a orelha do bebê ainda não está completamente formada, é mais fácil fazer a correção da deformidade. Neste caso, é usado um molde de silicone, que não agride o recém-nascido. Ele lembra ainda que a indicação da otoplastia (cirurgia da orelha) só é feita para crianças maiores de 6 anos. "Com o uso da prótese, a cirurgia não precisa ser realizada", comenta o médico.

Apesar de afetar até 5% da população mundial, porcentagem considerada pequena, a orelha de abano pode abalar a qualidade de vida de quem a possui. Em muitos casos, os portadores são vítimas constantes do bullying, especialmente na escola.

"A atenção dos pais à saúde do bebê é essencial para a detecção precoce do problema, para o diagnóstico precoce", salienta Maurício Orel.

O cirurgião plástico destaca que a prótese de silicone remodela a cartilagem da orelha, de forma nada invasiva e indolor. Ela serve tanto para corrigir o "abano" como para outros tipos de deformidades, menos conhecidas. Mas, esse procedimento só vale quando o recém-nascido não completou 30 dias, pois, a partir dessa idade, a cartilagem da orelha já está mais rígida e a prótese perde a eficácia. "Devemos chamar a atenção para o problema, porque, recebo em meu consultório muitas crianças com mais de 45 dias de vida e, infelizmente, não mais posso realizar o procedimento. Os pediatras precisam conhecer mais o produto para também avisar os pais em tempo hábil", afirma o especialista.

Deformidades

De acordo com o médico, as imperfeições na cartilagem da orelha podem ser ocasionadas por fatores genéticos ou pela posição intrauterina do bebê. Além da orelha de abano, outros problemas que aparecem são conhecidos como cálice, quando o órgão é projetado para fora e possui formato fechado, parecendo o objeto que esse tipo de taça; ptosada, quando a orelha apresenta sua parte superior dobrada; padrões mistos, ou seja, quando mistura características de abano, cálice e ptosada, e pontiaguda (orelha de Stahl), que lembra a orelha do personagem Spock, da série Jornada nas Estrelas.

Muitos pais têm dúvidas se a orelha está em abano ou não. Maurício Orel dá a dica: "É só medir com uma régua a distância entre a orelha e o crânio. A distância normal em bebês recém-nascidos é de até 7 mm. Se a distância for maior que 9 mm, a sugestão é fazer o procedimento para que a projeção da orelha diminua e tenham características normais".

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