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Estado de Minas BEM-ESTAR

Suplementos de vitaminas e minerais são perigosos, segundo estudo

A suplementação pode causar doenças cardíacas e até morte


postado em 29/05/2018 13:40 / atualizado em 29/05/2018 13:48

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Muitos especialistas questionam a eficácia de suplementos vitamínicos e minerais. Agora, um estudo internacional conduzido pela Universidade de Toronto, no Canadá, por meio da análise de inúmeros ensaios clínicos que avaliaram essas substâncias, descobriu que existe risco de doença cardíaca e Acidente Vascular Cerebral (AVC) no uso regular de suplementos. A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian.

Segundo os pesquisadores, os produtos mais consumidos – polivitamínicos, vitamina D, cálcio e vitamina C – não proporcionam "benefícios consistentes" para a prevenção de doenças cardiovasculares ou derrame cerebral. Apenas o ácido fólico sozinho e as vitaminas do complexo B foram capazes de ajudar na redução do aparecimento de derrame.

O pior cenário foi associado ao consumo de niacina (vitamina B3) e de vitaminas consideradas antioxidantes (vitaminas A, C e E). Conforme os cientistas, elas foram associadas a um maior risco de morte, causada por todos os tipos de problemas de saúde. Essa descoberta alarmante do estudo e as demais análises foram publicadas no periódico científico oficial do Colégio Americano de Cardiologia, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores orientam que a melhor maneira de cuidar do coração é ingerir as vitaminas e os minerais essenciais por meio de uma dieta saudável, incluindo muitas frutas e vegetais das refeições do dia a dia.

Para Ian Musgrave, professor da Escola de Ciências Médicas da Universidade de Adelaide, na Austrália, essas descobertas não foram "nem inesperadas nem surpreendentes". "Enquanto as vitaminas são essenciais para a nossa saúde e doenças como o escorbuto foram quase banidas dos países desenvolvidos, as pessoas assumiram que, se um pouco de vitamina é bom para você, em grande quantidade, então, é melhor ainda. Mas, isso acabou não sendo verdade", comenta o especialista australiano em entrevista ao The Guardian.

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