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Estado de Minas BRASIL

Fiocruz fará pesquisa do uso medicinal da maconha

Ideia é entender as funcionalidades do canabidiol


postado em 21/06/2018 11:52 / atualizado em 21/06/2018 12:52

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
De forma inovadora, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou na terça, dia 19 de junho, que vai dar início a um projeto de pesquisa que visa o uso do canabidiol, princípio ativo da Cannabis sativa (maconha), que não tem efeito alucinógeno e que vem sendo amplamente usado para fins medicinais.

O projeto da Fiocruz aguarda a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável por autorizar o plantio da maconha com fins medicinais e para uso em pesquisas científicas.

Segundo o psicólogo Francisco Netto, coordenador-executivo de Programa de Drogas da Fiocruz, em entrevista para a agência russa de notícias Sputnik, a ideia do novo estudo surgiu após a fundação ouvir a demanda das mães de crianças que possuem epilepsia refratária, que é uma doença de difícil controle por meio dos medicamentos convencionais. Porém, a intenção da pesquisa do canabidiol é ir além do tratamento da epilepsia.

"A gente começou dando conta dessa demanda especifica, que essas mães nos apresentaram, mas também entendendo que existem outras aplicações terapêuticas que também são importantes e que cada vez mais tem robustez essas evidências de outras possibilidades do uso da Cannabis", comenta o especialista da Fiocruz.

Ainda conforme a fundação, o novo estudo tem como objetivo uma série de atividades, que vão desde a avaliação das melhores formas de cultivo da maconha, passando por testes clínicos e o desenvolvimento de um medicamento propriamente dito.

"Nós conversamos com especialistas e pessoas que trabalham nesse campo e estamos chegando em um ponto de trabalho para começar a pensar na produção de fato de um extrato de um fito medicamento a princípio, na primeira modalidade, para epilepsia", afirma Francisco Netto à Sputnik.

O orçamento previsto para a primeira fase da pesquisa é de R$ 3,4 milhões, informa a Fiocruz. Mas, o valor ainda pode ser alterado para mais ou para menos ao longo do processo, lembra a fundação.

(com Agência Brasil)

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