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Estado de Minas BEM-ESTAR

Pano de prato é o novo vilão das cozinhas

Estudo mostra que esses panos são tão sujos quanto as esponjas


postado em 13/06/2018 10:25 / atualizado em 13/06/2018 10:32

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Que as esponjas usadas na cozinha são um verdadeiro foco de bactérias, isso não é segredo para ninguém. Porém, um estudo realizado pela Universidade de Maurício, nas Ilhas Maurício, mostra que os panos de prato, muito comuns para secar talheres e porcelanas, é um risco para contaminação cruzada de alimentos e utensílios.

Os cientistas africanos analisaram 100 panos de prato usados durante o período de um mês e concluíram que a probabilidade de se encontrar bactérias nocivas para os seres humanos aumentava quando os mesmos panos eram utilizados para funções variadas, como secar a louça e as mãos.

Segundo o estudo, após o período de testes, metade dos utensílios possuíam bactérias: 36,7% tinham coliformes fecais; 36,7% Enterococcus (bactérias do intestino); e 14,3% Staphylococcus aureus (que afetam as vias respiratórias).

"O nosso estudo demonstra que os costumes das famílias e os hábitos de higiene na cozinha afetam de forma significativa a quantidade e o padrão dos micróbios existentes nos panos de prato", comenta a pesquisadora Susheela Biranjia-Hurdoyal, principal autora do estudo, durante a reunião anual da Sociedade Americana de Microbiologia, em Atlanta (EUA), realizada entre os dias 7 e 11 de junho.

"Também descobrimos que a dieta, o tipo de uso e a umidade presente nos panos podem ser essencias para a indução do crescimento de micro-organismos nocivos, responsáveis por intoxicações alimentares", completa a cientista africana.

A sugestão dos pesquisadores da Universidade de Maurício é que os panos sejam mantidos secos e que se tenha um para cada uso dentro da cozinha. Além disso, eles recomendam deixar o utensílio longe de focos de micróbios, como as carnes (especialmente as de frango) e a pia, o que pode ajudar a diminuir a probabilidade de contaminação por bactérias perigosas.

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