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Estado de Minas SAÚDE

Saiba mais sobre a febre do Nilo Ocidental

Doença pouco conhecida já registra casos no Espírito Santo


postado em 13/06/2018 13:51 / atualizado em 13/06/2018 13:55

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Ainda pouco conhecida no Brasil, a febre do Nilo Ocidental é uma doença originária do Egito e transmitida por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo comum). Esse problema é caracterizado por uma infecção viral que pode ser assintomática ou com sintomas de diferenets intensidades: variam desde febre e dor muscular, até encefalite (inflamação no cérebro) grave.

Apesar de Minas Gerais não apresentar casos suspeitos da doença, o vírus está circulando no Espírito Santo. Com isso, a secretaria de estado de Saúde (SES) de MG está alertando os profissionais de saúde sobre a necessidade de reforçar a atenção e a vigilância para a possibilidade do surgimento de surtos por aqui.

A SES lembra que a febre do Nilo Ocidental é considerada uma doença de notificação compulsória em todo território nacional, incluindo Portanto, profissionais de saúde de todo o estado devem notificar a secretaria sobre a ocorrência de casos suspeitos da doença.

Ainda de acordo com a SES, apenas 20% das pessoas infectadas costumam desenvolver sintomas, que normalmente são leves. Em alguns casos, a doença pode provocar sinais considerados mais graves, como febre alta, rigidez na nuca, desorientação, tremores, fraqueza muscular e paralisia. O quadro pode se agravar e desenvolver encefalite ou meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da espinal medula).

Pessoas acima dos 50 anos de idade estão mais propícias a desenvolver as formas mais graves da doença. Mas, menos de 1% dos infectados apresentam sintomas neurológicos considerados sérios, como a encefalite.

Tratamento e diagnóstico

A infectologista Tânia Marcial, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da SES, explica que o tratamento dessa febre é voltado apenas para os sintomas. "Não existe um medicamento específico para combater o vírus, que é um arbovírus, assim como os vírus da dengue, zika e chikungunya. Portanto, o tratamento realizado é o de suporte, podendo ser necessária internação em unidade de terapia intensiva para os casos mais graves", comenta a médica.

Em relação ao diagnóstico da forma aguda grave ou que apresente quadro clínico neurológico como meningite e encefalite, a infectologista explica que é necessário, primeiro, descartar outras causas, como dengue, zika e chikungunya – arboviroses mais comuns no país. "Descartadas outras causas, deve-se realizar coleta de sangue ou líquor para pesquisa de anticorpos da classe IgM, que se positiva, confirma a doença. Outra possibilidade é acompanhar a elevação seriada dos anticorpos da classe IgG e, caso seja verificado aumento de quatro vezes no título destes anticorpos, também se confirma a febre do Nilo Ocidental", afirma Tânia Marcial.

A SES recomenda que, caso um indivíduo apresente sintomas depois de ter se deslocado para áreas com registro de circulação do vírus, procure uma unidade de saúde para avaliação.

Como se trata de uma doença transmitida por mosquito, também é recomendada a utilização de repelentes parav quem viajar para áreas com casos suspeitos ou com circulação do vírus, o que também se aplica para à prevenção de outras arboviroses.

(com Agência Minas)

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