
Nessa condição, o indivíduo costuma ser muito inseguro e adquire uma baixa autoestima, o que leva ao sentimento de desvalorização e inferioridade. "Em determinadas situações, o nervosismo é tão grande que a pessoa chega a demonstrar claramente seus sinais de ansiedade e insegurança. Falar em público, durante uma apresentação escolar ou uma palestra, é um pesadelo do qual a pessoa faz de tudo para evitar, a chamada 'esquiva fóbica'", comenta o médico.
Ainda conforme o especialista, em função da fobia social, o indivíduo acaba tendo prejuízos pessoais, profissionais e sociais, uma vez que tende a se isolar constantemente. Além disso, a vítima pode apresentar outros transtornos mentais, especialmente depressão e abuso ou dependência de substâncias psicoativas, como o álcool. "Por ser um desinibidor do comportamento socialmente aceito, acaba sendo um recurso bastante utilizado", diz Mario Louzã.
O psiquiatra esclarece que o tratamento da fobia social é feito por meio de medicamentos e de psicoterapia. "A medicação auxilia no controle das manifestações físicas da ansiedade. Eventualmente, os medicamentos são usados também para o tratamento de outros transtornos mentais consequentes à fobia social. A terapia comportamental utiliza a técnica de 'exposição progressiva', permitindo que a pessoa aprenda, gradualmente, a enfrentar situações que geram ansiedade. A situação social fobogênica pode ser simulada em consultório, possibilitando o treino do controle da ansiedade", diz o médico.