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Estado de Minas AGRICULTURA

Embrapa cria tomate rico em licopeno

O fruto ajuda a combater os radicais livres


postado em 02/08/2018 09:29 / atualizado em 02/08/2018 09:48

(foto: Leandro Santos Lobo/Embrapa/Reprodução)
(foto: Leandro Santos Lobo/Embrapa/Reprodução)
A Embrapa está criando um novo tipo de tomate, rico em vitamina A e que terá a cor alaranjada. O novo tipo vai entrar em teste de cultivo em seis estados (BA, CE, DF, ES, RS e SP), e ajudará a entender como as diferentes condições de solo e clima atuam sobre o desenvolvimento do fruto, sobre a qualidade e a produtividade, até se chegar ao híbrido que poderá gerar sementes para a produção em escala e comercialização em até três anos.

Não se trata de um produto modificado geneticamente, mas de um experimento feito a partir de sementes híbridas colhidas e catalogadas na "biblioteca gênica" da Embrapa, com acervo de 1,8 mil variedades de tomates guardadas, conforme explica Leonardo Boiteux, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças da empresa.

Radicais livres

O novo tomate é do tipo grape, possui formato parecido com um bago de uva e tem alto teor de licopeno – substância de pigmentação vermelha que favorece a captura dos radicais livres, que são o "subproduto do metabolismo que acaba danificando o nosso próprio DNA, e outras estruturas celulares". Com isso, o fruto ajuda na prevenção de doenças de "estresse oxidativo", como assinala Leonardo Boiteux em referência às infecções, a alguns tipos de câncer, diabetes, problemas reumatológicas e neurodegenerativos.

A pesquisa da Embrapa levou à produção do tomate mais alaranjado. "Se nós temos esse alto teor de licopeno, a gente pode dar um passo a frente na via metabólica e produzir um tomatinho com betacaroteno, precursor da vitamina A e disponível em cenoura e na abóbora", afirma o pesquisador.

Conforme levantamento do IBGE, este ano o Brasil deverá produzir 4,5 milhões de toneladas de tomate, o que representa um aumento de 3,5% em relação ao ano passado. A área cultivada é de 66.191 hectares, 2,4% menor do que em 2017.

(com Agência Brasil)

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