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Estado de Minas POLÍTICA

Muitos senadores vão disputar o governo de seus estados

O mineiro Antonio Anastasia, do PSDB, é um deles


postado em 01/08/2018 09:22 / atualizado em 01/08/2018 09:48

(foto: Marcos Oliveira/Fotos Públicas/Divulgação)
(foto: Marcos Oliveira/Fotos Públicas/Divulgação)
Segundo levantamento feito pela Agência Brasil mostra que ao menos 14 senadores já se apresentadoram como pré-candidatos à disputa do governo de seus estados nas eleições de outubro detse ano. A maioria possui mandato de oito anos, com exceção de João Capiberibe (PSB-AP), que está em seu último ano como senador.

Para o analista político Antônio Augusto de Queiroz, departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, entre as razões para as candidaturas está a imagem desgastada do Congresso perante a sociedade, mas não é só isso. "Uma das grandes motivações é que, para eles, é um desconforto grande o deslocamento do estado de origem para Brasília toda semana. O segundo fator é que governador tem muito mais poder, mais status que senador", diz Antônio à Agência Brasil.

Há ainda os casos em que a candidatura é posta para reforçar o grupo político ao qual o senador ou senadora pertencem. Segundo o cientista político Lúcio Remuzat Rennó, professor da Universidade de Brasília, além de mandato, em comum, esses parlamentares têm nomes consolidados, cabos eleitorais fidelizados e base definida. "São pessoas que têm enorme visibilidade nos estado e uma influência grande na estrutura partidária, isso os credencia para disputa de cargos majoritários. Essa é uma tendência natural no mundo todo. Nos Estados Unidos, é muito comum senadores se candidatarem aos estados", comenta, também em entrevista à Agência Brasil.

Suplente

Apesar da expectativa de que o suplente na chapa de senador seja escolhido pela capacidade de reforçar o mandato do ponto de vista programático e de angariar votos, na prática, assim como já ocorre historicamente, isso deve continuar não acontecendo, segundo os especialistas. "No passado, os ex-governadores de estado que se candidatavam ao Senado sempre indicavam um parente para ser seu suplente, hoje, cada vez mais, tem preferência para ocupar essa vaga, nomes que tenham dinheiro para financiar a campanha e que tragam votos", afirma Antônio Queiroz.

O analista observa que nessa eleição a indicação de parentes de senadores, ou de postulantes ao Senado, tem ganhado força para ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados. Um exemplo disso é o do senador João Capiperibe. Ele tenta emplacar o filho Camilo Capiberibe na Câmara. O movimento contrário também ocorre. Deputados federais que vão tentar uma vaga no Senado querem os filhos na Câmara. É o caso de Silvio Costa (Avante-PE) que quer ver Silvio Costa Filho (PRB-PE), ocupando uma cadeira de deputado federal.

Abaixo, a lista dos senadores pré-candidatos ao cargo de governador:

  • Gladson Cameli (PP-AC) – mandato até 2023
  • Omar Aziz (PSD-AM) – mandato até 2023
  • Davi Alcolumbre (DEM-AP) – mandato até 2023
  • Rose de Freitas (Pode-ES) – mandato até 2023
  • Ronaldo Caiado (DEM-GO) – mandato até 2023
  • Roberto Rocha (PSDB-MA) – mandato até 2023
  • Antonio Anastasia (PSDB-MG) – mandato até 2023
  • Wellington Fagundes (PR-MT) – mandato até 2023
  • Paulo Rocha (PT-PA) – mandato até 2023
  • José Maranhão (MDB-PB) – mandato até 2023
  • Romário (Pode-RJ) – mandato até 2023
  • Fátima Bezerra (PT-RN) – mandato até 2023
  • Acir Gurgacz (PDT-RO) – mandato até 2023
  • João Capiberibe (PSB-AP) – mandato até 2019

(com Agência Brasil)

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