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Estado de Minas CIÊNCIA

Nasa encontra muita água líquida em Júpiter

A Grande Mancha Vermelha, por exemplo, é rica no líquido vital


postado em 31/08/2018 10:53 / atualizado em 31/08/2018 10:56

De acordo com nova descoberta feita pela Nasa, a Grande Mancha Vermelha de Júpiter é repleta de água em estado líquido(foto: Nasa/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Björn Jónsson/Divulgação)
De acordo com nova descoberta feita pela Nasa, a Grande Mancha Vermelha de Júpiter é repleta de água em estado líquido (foto: Nasa/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Björn Jónsson/Divulgação)
De forma inédita, astrônomos da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) conseguiram medir o volume de água que existe dentro famosa Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Com isso, comprovaram que as camadas mais baixas da atmosfera do maior planeta do Sistema Solar estão repletas de água em estado líquido.

"Quando enviamos a sonda Galileo [lançada em 1989] para avaliar a atmosfera de Júpiter, entramos sem querer num 'deserto' peculiar onde não havia amoníaco nem água, fazendo com que pensássemos que essas substâncias eram inexistentes no planeta", comenta o cientista Godon Bjoraker, do Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa, em comunicado enviado à imprensa.

O pesquisador explica que isso seria o mesmo que alienígenas aterrissando na Terra, porém, no deserto de Mojave, no sudoeste dos Estados Unidos. Os visitantes poderiam supor que não havia água em nosso planeta.

Apesar das primeiras missões a Júpiter não terem encontrado nem amoníaco nem água nas camadas altas da atmosfera do Gigante Gasoso, com o passar do tempo, astrônomos conseguiram criar naves espaciais capazes de penetrar mais profundamente na atmosfera jupteriana, atingindo suas camadas mais baixas. Justamente nesse local foi encontrada uma grande quantidade de umidade, nitrogênio, hidrogênio, bem como amoníaco.

Recentemente, Godon Bjoraker e seus colegas da Goddard provaram que a Grande Mancha Vermelha (enorme anticiclone da atmosfera de Júpiter) é quase completamente composta por água. Isso, por sua vez, permite que os cientistas concluam que a massa presente nela se move não horizontalmente, como se acreditava, mas verticalmente.

Ao mesmo tempo, as últimas análises do planeta revelam que o núcleo de Júpiter contém pelo menos duas vezes mais oxigênio do que o Sol, e, consequentemente, mais água.

Por que essa descoberta é tão importante? Segundo explicam os pesquisadores da Nasa, a descoberta recente permite supor que o núcleo do planeta tem uma estrutura rochosa. A resposta definitiva será dada quando a sonda Juno (lançada em 2016) que se aproximar da Grande Mancha Vermelha.

(com Agência Sputnik)

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