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Estado de Minas BEM-ESTAR

Sabia que existem dois tipos de roncos?

Um é fruto da posição errada na hora de dormir e o outro decorre da apneia do sono


postado em 16/08/2018 08:55 / atualizado em 16/08/2018 09:37

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Além de um inômodo para quem escuta, o ronco é um alerta do organismo de que algo não está bem. Considerado um distúrbio respiratório, ele atinge de 30% a 40% dos adultos, sendo mais frequente nos homens por conta de algumas diferenças fisiológicas e biológicas entre o corpo feminino e masculino. Segundo a Associação Brasileira do Sono, o ronco afeta aproximadamente 24% dos homens e 18% das mulheres.

A consultora de sono Renata Federighi, da Duoflex, explica que existem dois tipos de ronco: o posicional e o rítmico. "O primeiro produz o mesmo som ao longo da noite e costuma ser benigno. Já no rítmico, o barulho é crescente e decrescente com intervalos de silêncio. Este merece atenção médica, pois pode ser sinal de alerta para a síndrome da apneia do sono, patologia caracterizada pela parada respiratória com duração de pelo menos 10 segundos", afirma a especialista.

Ainda de acordo com Renata, umas das principais causas do ronco é a posição de dormir. "Deitar de barriga para cima não é recomendável. Portanto, é importante criar o hábito de utilizar outras posições. A melhor postura para dormir é a lateral, mantendo o pescoço ereto e a coluna cervical alinhada, de forma que o fluxo de ar não seja interrompido durante o sono", comenta a consultora de sono.

Outra causa comum do chato barulho é a obesidade. No caso dos homens, a tendência é engordar em torno do pescoço e da barriga, o que contribui de forma significativa para que o ronco seja frequente e mais alto. "Quando se está dormindo, os músculos em torno da traqueia não suportam a gordura ao redor do pescoço. Ao deitar de costas, o tecido adiposo aumenta a pressão sobre as vias aéreas, bloqueando-as e provocando o ronco", explica Renata Federighi. O consumo de álcool e o uso de calmantes também podem ter influência, pois relaxam o músculo da faringe.

O tratamento para o problema depende do tipo. Para o rítmico, a recomendação é que o paciente procure orientação com profissionais para um diagnóstico mais preciso. No ronco posicional, a mudança da forma de dormir pode ser suficiente. "A reeducação postural do sono é importante, pois o indivíduo aprende a dormir corretamente. Na posição lateral, a mais recomendada, é aconselhável sempre se dormir com dois travesseiros, sendo um para apoio da cabeça, em uma altura que se encaixe perfeitamente entre ela e o colchão, formando um ângulo de 90º no pescoço. E outro entre os joelhos, que deverão estar preferencialmente semiflexionados", orienta a especialista.

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