Publicidade

Estado de Minas CIDADE

Jardins da Casa Kubitschek são uma atrativo à parte

Eles foram projetados pelo paisagista Burle Marx


postado em 13/09/2018 17:42 / atualizado em 13/09/2018 16:57

Quem visita o Museu Casa Kubitschek, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, além da arquitetura de Niemeyer, pode apreciar os belos jardins de Burle Marx(foto: Flickr/PBH/Reprodução)
Quem visita o Museu Casa Kubitschek, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, além da arquitetura de Niemeyer, pode apreciar os belos jardins de Burle Marx (foto: Flickr/PBH/Reprodução)
Além da arquitetura única do Museu Casa Kubitschek, que foi idealizada pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, outra atração do local são os belos jardins criados pelo paisagista Burle Marx. Eles contornam a sede do casa, que integra o Conjunto Moderno da Pampulha. Os jardins possuem 86 espécies de plantas, em sua maioria originárias de regiões tropicais.

Segundo Vanessa Araújo, coordenadora do Museu Casa Kubitschek, uma característica marcante da obra de Roberto Burle Marx é justamente a utilização de espécies originárias de países tropicais. "A partir da década de 1930, quando ele elabora seus primeiros projetos, promove uma mudança radical em relação aos jardins tradicionais, que importavam modelos e flora europeias", comenta Vanessa.

No terreno de três mil m², encontram-se canteiros que revelam a diversidade botânica do país cercados por arbustos de médio porte nas laterais que não comprometem a vista da Lagoa da Pampulha. Um lago de forma sinuosa permite a introdução de plantas aquáticas, que produzem um belo contraste vegetacional, e um banco revestido de mosaico acompanha o lago, ajudando a realçar o caráter contemplativo do jardim.

O pátio interno da casa se abre para um canteiro cujo vermelho vibrante se destaca. E acompanhando a elevação do terreno, há um jardim rochoso, valendo-se da vegetação de canga, encontrada nas serras de minério de ferro. A coordenadora chama a atenção, mais uma vez, para o trabalho dedicado de Burle Marx. "Nele observar que o paisagista não só se preocupava em usar espécies de plantas brasileiras, mas também em reproduzir as interações ecológicas que investigava nas suas excursões", afirma Vanessa Araújo.

De acordo com a especialista, por muitos anos as políticas de preservação dedicaram-se basicamente à conservação dos bens edificados. Ela conta que, somente a partir dos anos 1980, as discussões se ampliaram, sendo que a primeira Carta Patrimonial, voltada exclusivamente para os jardins históricos, foi elaborada em Florença, na Itália, em 1981. "Desde então, houve maior reconhecimento do valor cultural dos jardins. Resulta daí atividades voltadas especificamente sobre o tema, como o projeto O Jardim e o Museu, cujas ações dialogam diretamente com o fortalecimento das políticas patrimoniais relacionadas às composições arquitetônicas de material vegetal, vivo e renovável", diz a coordenadora da casa.

Serviço:

Museu Casa Kubitschek
Endereço: avenida Otacílio Negrão de Lima 4188, Pampulha, Belo Horizonte/MG
Funcionamento: terça a domingo das 9h às 18h
Informações: (31) 3277-1586 ou ck.fmc@pbh.gov.br

(com assessoria de comunicação da PBH)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade