Nesta quinta, dia 6 de setembro, a Petrobras anunciou que vai passar a usar um mecanismo financeiro que permitirá manter o preço da gasolina estável por até 15 dias.
Chamado de "mecanismo de hedge", ele será opcional e visa reduzir a volatilidade (variação) do preço do combustível sem afetar o resultado financeiro da estatal brasileira do petróleo.
A nova ferramenta foi anunciada por Rafael Grisolia, diretor financeiro da Petrobras, e por Jorge Celestino, diretor de refino e gás natural, que concederam uma entrevista coletiva para explicar a decisão.
O mecanismo é resultado de uma evolução na precificação de combustíveis no Brasil e não altera a política de preços da Petrobras, segundo os diretores.
"Em momentos de maior volatilidade, a gente tem a possibilidade de usar esses instrumentos de modo que o resultado financeiro da companhia não se altere", comenta Rafael Grisolia.
Ele funciona da seguinte maneira: em vez de reajustar os preços diariamente, a Petrobras poderá segurá-los por um período de, no máximo, 15 dias, realizando operações financeiras no exterior.
Ao final do período, o reajuste aplicado será sempre igual ao resultado das variações diárias do barril de petróleo e do câmbio, de modo que a estatal mantenha a paridade com os preços no mercado internacional.
De acordo com Rafael Grisolia, realizar essa operação por um período maior do que 15 dias impactaria os resultados da Petrobras.
A decisão já foi anunciada para o mercado e está em vigor, segundo os diretores, com o instrumento à disposição da Petrobras a partir desta quinta (6).
(com Agência Brasil)
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BRASIL
Petrobras deve reajustar a gasolina a cada 15 dias
Estatal passa a adotar um mecanismo que não afeta suas finanças
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