
O oftalmologista Carlos Augusto de Carvalho explica que esse tipo de espasmo muscular nas pálpebras acontece porque os hormônios ligados ao estresse vão parar no sistema nervoso autônomo e acabam levando estímulos para essa área, que passa a ter contrações involuntárias.
"Geralmente, o paciente está num momento de maior estresse, mas, esses tremores não causam prejuízo para a visão", comenta o especialista. A ingestão excessiva de cafeína, idade avançada e excesso de horas em frente ao computador também podem desencadear o problema, segundo o médico.
Existe tratamento?
Para se livrar do incômodo, é comum as pessoas recorrerem a receitas caseiras, como chá de camomila. Carlos Augusto admite que a bebida pode gerar um efeito positivo, já que age como calmante, mas, o oftalmologista afirma que não existe uma receita médica para tratar o problema.
De acordo com o especialista, grande parte dos casos de tremor nas pálpebras não exige a prescrição de receita médica. Porém, em situações mais raras, o problema pode ser relacionado a uma doença, chamada de blefaroespasmo (quando a pálpebra fica tremendo o tempo todo). Nesta situação, o tratamento é feito com injeções de Botox, para paralisar o músculo.
O oftalmologista Luiz Carlos Molinari, professor da UFMG, por sua vez, lembra que essa doença é progressiva, e que em 80% dos casos, grupos musculares faciais e do pescoço também são afetados. "Os sintomas pioram com o estresse, a fadiga e a luz forte", diz o médico. O blefaroespasmo afeta mais as mulheres do que os homens, numa proporção de 3 para 1, conforme o professor.
*Publicado originalmente em 02/05/2016