Estado de Minas SAÚDE

Suas pálpebras estão tremendo involuntariamente? Entenda o problema

Especialistas falam sobre essa situação que, geralmente, está ligada ao stress


postado em 29/07/2019 11:15 / atualizado em 29/07/2019 11:19

Está sentindo as pálpebras
Está sentindo as pálpebras "pularem"? Então, é preciso dar um tempo em sua rotina para descansar, desestressar e colocar o sono em dia (foto: Pixabay)
Sabe aquele tremor irritante nas pálpebras, impossível de ser controlado? A má notícia é que ele pode durar dias e é difícil de ser evitado. Se você está sofrendo com esse incômodo, no entanto, não há motivos para desespero. Na grande maioria dos casos, pálpebras tremendo não significam transtornos graves, tampouco problemas relacionados à visão. Mas é bom ficar atento, porque, provavelmente, você está no ápice do stress ou precisa recuperar algumas horas de sono.

O oftalmologista Carlos Augusto de Carvalho explica que esse tipo de espasmo muscular nas pálpebras acontece porque os hormônios ligados ao estresse vão parar no sistema nervoso autônomo e acabam levando estímulos para essa área, que passa a ter contrações involuntárias.

"Geralmente, o paciente está num momento de maior estresse, mas, esses tremores não causam prejuízo para a visão", comenta o especialista. A ingestão excessiva de cafeína, idade avançada e excesso de horas em frente ao computador também podem desencadear o problema, segundo o médico.

Existe tratamento?

Para se livrar do incômodo, é comum as pessoas recorrerem a receitas caseiras, como chá de camomila. Carlos Augusto admite que a bebida pode gerar um efeito positivo, já que age como calmante, mas, o oftalmologista afirma que não existe uma receita médica para tratar o problema.

De acordo com o especialista, grande parte dos casos de tremor nas pálpebras não exige a prescrição de receita médica. Porém, em situações mais raras, o problema pode ser relacionado a uma doença, chamada de blefaroespasmo (quando a pálpebra fica tremendo o tempo todo). Nesta situação, o tratamento é feito com injeções de Botox, para paralisar o músculo.

O oftalmologista Luiz Carlos Molinari, professor da UFMG, por sua vez, lembra que essa doença é progressiva, e que em 80% dos casos, grupos musculares faciais e do pescoço também são afetados. "Os sintomas pioram com o estresse, a fadiga e a luz forte", diz o médico. O blefaroespasmo afeta mais as mulheres do que os homens, numa proporção de 3 para 1, conforme o professor.

*Publicado originalmente em 02/05/2016

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação